sexta-feira, 11 de abril de 2014

SENADOR ALOYSIO NUNES FERREIRA DENUNCIA ASSESSOR DO PT QUE HOSTILIZOU MINISTRO JOAQUIM BARBOSA

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), protocolou na tarde desta sexta-feira na Câmara dos Deputados uma denúncia contra o petista Rodrigo Grassi Cademartori, servidor da Casa, por divulgar um vídeo em que hostiliza o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa. O fato aconteceu no início deste mês na saída do bar Frederico Chopin, na região central de Brasília. Nas imagens, Cademartori – que se identifica como “Rodrigo Pilha no Facebook” – aparece acompanhado de duas mulheres ofendendo o ministro, que foi chamado de “autoritário”, “projeto de ditador” e “fascista”. Além disso, foi classificado de “tucano” e foi obrigado a ouvir frases gritadas à exaustão como “Dirceu, guerreiro do povo brasileiro”. O ministro deixava o local acompanhado de diversos seguranças e não esboçou qualquer reação. O homem foi identificado como secretário parlamentar lotado no gabinete da deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e recebe salário de R$ 4.800,00 desde maio do ano passado. O vídeo recebeu larga cobertura jornalística nacional e, segundo uma das reportagens, alguns agravos incluíram ainda a acusação de que Barbosa praticava corrupção. Segundo o senador, Cademartori pratica uma série de crimes, tais como calúnia, difamação, injúria, e fere o código do servidor ao não “manter conduta compatível com a moralidade administrativa”, ferir “a dignidade, o decoro e o zelo” para com a sociedade dentro ou fora do recinto profissional. Consta no Código de Ética da função a prática de tais deveres em todos os âmbitos da vida do servidor. O senador Aloysio Nunes Ferreira argumenta que, em diversos casos, não há como punir servidores por seus atos em vida privada por não guardarem relação de causa e efeito com o serviço. Entretanto, esta situação é diferente: “Ora, no caso presente, trata-se de um assessor público, responsável pela figura de consultoria e assessoria a parlamentar a membro do partido atingido pelos escândalos que culminaram com a condenação e que levaram à incitação das palavras de ordem pelo ora denunciado". Ao final do documento, o senador pede abertura de apuração de responsabilidades e consequente inauguração de procedimento disciplinar contra Cademartori, no qual o servidor pode ser exonerado das funções e até mesmo responder criminalmente caso os crimes sejam comprovados.

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