quinta-feira, 10 de abril de 2014

SINDICALISTAS ARGENTINOS COMEMORAM ADESÃO Á GREVE GERAL

Sindicalistas e manifestantes argentinos comemoraram a adesão à greve de 24 horas que paralisou parte da Argentina nesta quinta-feira. Depois da suspensão dos bloqueios de ruas e estradas em várias partes do país, o líder dos caminhoneiros, Hugo Moyano, disse que o “povo se expressou". O objetivo do movimento era protestar contra a política econômica do governo da presidente Cristina Kirchner. Segundo o sindicalista, em algumas categorias, como os caminhoneiros e o setor de transportes, a adesão passou de 90%. Líder do setor de oposição da central dos trabalhadores CGT, Moyano enfrenta a ala kirchnerista, que reúne sindicatos da indústria, do comércio, dos bancários e dos professores, que não participam do movimento. Os piquetes nas ruas foram realizados por grupos mais radicais que impediram a circulação em diferentes acessos da periferia da capital. Além dos bloqueios, a paralisação nos transportes públicos também reforçou a greve geral convocada por três das cinco centrais sindicais. "Essa foi uma greve setorial que se tornou uma greve geral com a adesão do setor de transportes", disse a analista política Graciela Römer, diretora da consultoria de mesmo nome. Desde o amanhecer, mais de cem estudantes e professores com bandeiras e cartazes bloquearam a movimentada avenida Córdoba, em frente à Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Buenos Aires. As ruas da capital e de outras grandes cidades do país estavam repletas de lixo por causa da paralisação dos funcionários da limpeza pública. Pelo menos 50% dos estabelecimentos comerciais preferiram fechar suas portas. Os que continuaram abertos estavam vazios. Grandes redes de farmácias, fast-food, supermercados e lojas de acessórios femininos funcionaram porque o Sindicato dos Empregados do Comércio não aderiu à medida. A Argentina tem uma das maiores taxas de inflação da América Latina: mais de 7% no primeiro bimestre de 2014, de acordo com dados oficiais checados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Em 2013, esse número se situou entre 25% e 30%, segundo consultorias privadas.

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