domingo, 25 de maio de 2014

DEPUTADO ESTADUAL PAULISTA DO PT NEGA LIGAÇÃO COM O PCC

O deputado estadual paulista Luiz Moura, do PT, ligado ao secretário Municipal dos Transportes, o também petista Jilmar Tatto, negou, na quinta-feira, ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Boletim de ocorrência de 17 de março deste ano mostra que policiais da 6ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro fizeram diligência na sede da empresa Transcooper para apurar a participação de integrantes do PCC nos ataques a ônibus na cidade. Eles surpreenderam uma reunião com cerca de 40 pessoas, entre elas, Moura e diretores da cooperativa. Segundo a polícia, a reunião tinha por finalidade "ajustar condutas teoricamente infracionais". Na ocasião, foi preso Carlos Roberto Maia, o Carlinhos Alfaiate, que, segundo a polícia, é um "famoso ladrão de bancos da década de 1990". Moura diz que "nunca ouviu falar, nunca teve contato" com ele. A polícia conduziu 42 pessoas que estavam no local para a sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). O parlamentar não estava entre elas. Dos conduzidos à delegacia, alguns, de acordo com a polícia, tinham "vida pregressa negativa, com passagens criminais por crimes contra o patrimônio". O boletim de ocorrência foi registrado como "não criminal". Por decisão do delegado Fabio Baena Martim, o BO foi juntado ao inquérito 23/2014, aberto para "investigar atuação da organização criminosa PCC durante ataques a transportes públicos na capital com objetivo de obter lucro". Desde o início do ano, 76 ônibus já foram queimados na cidade. O parlamentar petita afirmou que foi "convidado" para a reunião, na Rua Flores do Piauí, em Itaquera, sede da Transcooper. Moura diz que foi até o local para discutir campanha salarial e reajuste dos cooperados. "Participei de diversas reuniões, fui convidado por diretores da garagem para poder fazer a interlocução entre a Prefeitura, o secretário (dos Transportes, Jilmar Tatto), o prefeito Fernando Haddad e as permissionárias e concessionárias prestadoras de serviço público", afirma o deputado petista. A Transcooper opera linhas na zona leste da capital. Moura diz ainda que o "colocaram num imbróglio por uma questão política".

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