segunda-feira, 26 de maio de 2014

FUNCIONÁRIOS DO DMLU FECHAM PORTÕES DA ESTAÇÃO DE TRANSBORDO DE LIXO DA LOMBA DO PINHEIRO E PÁRAM A COLETA DE RESÍDUOS EM PORTO ALEGRE

Desde as 7h30 desta segunda-feira, os funcionários do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) de Porto Alegre fecharam os portões da Estação de Transbordo de Lixo de Porto Alegre, localizada na Lomba do Pinheiro. Caminhões coletores de lixo e caminhões carreta, encarregados de levar o lixo coletado até o aterro sanitário de Minas do Leão, ficaram impedidos de trabalhar. O motivo é uma paralisação de 24 horas, ocorrida na véspera da greve marcada para começar no próximo dia 2 de junho. O presidente do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (SIMPA), Raul Joacoboni, que é funcionário do DMLU, afirma que o diretor geral da autarquia, André Carus (PMDB) quer dar reajuste de apenas 2,5 % aos garis. Eles pedem mais. Os garis reclamam que André Carus e o prefeito José Fortunati (PDT) aumentaram em cerca de 100% o preço da tonelada de lixo pago para a empreiteira que coleta lixo, a W. K. Borges, uma prestadora de serviços para a Revita (do Grupo Solvi). Sintomaticamente, por edital, estava marcado para esta segunda-feira a realização de segunda chamada para a escandalosa renovação de contrato emergencial da cidade, sempre sem licitação, que nesta data completa 894 dias. Com quase toda certeza, a vencedora deverá novamente ser a empresa W. K. Borges. Com isso ela ganhará mais seis meses de contrato. Dessa forma alcançar o atestado de fornecimento do serviço de coleta de lixo por um ano. Esse atestado é o maior valor patrimonial das empresas de lixo no Brasil, porque as habilita para participação em licitações em todo o território nacional. Só um atestado desses vale uma fortuna. Por aí se explicam os mistérios na área do lixo. Inacreditavelmente, não se vê ação do Ministério Público. Mas, é compreensível. Esse Ministério Público é o mesmo que levou 26 anos para descobrir que a Prefeitura de Porto Alegre nunca tinha feito a licitação para concessão das linhas de ônibus, o que já estava determinado pela Constituição Federal de outuro de 1988.

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