terça-feira, 6 de maio de 2014

JÉRÔME VALCKE DIZ QUE VIVEU UM INFERNO NA PREPARAÇÃO PARA A COPA DO MUNDO DO BRASIL

Faltando pouco mais de um mês para o pontapé inicial da Copa, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, fez um desabafo nesta terça-feira ao afirmar que "viveu um inferno" na relação com o governo brasileiro durante a preparação para o Mundial. Segundo ele, a Fifa reduziu suas expectativas na organização do evento. Para completar, admitiu que a competição vai começar, a partir do dia 12 de junho, com a partida entre Brasil e Croácia, no Itaquerão, em São Paulo, com cidades ainda em obras em projetos de infraestrutura. Em evento na Suíça, ao lado de Gilbert Felli, interventor do Comitê Olímpico Internacional (COI) na organização dos Jogos do Rio em 2016, Valcke fez avaliação do que falta ser feito antes do início da Copa e, ao contrário do que fez na última visita ao Brasil, quando amenizou as críticas, falou sobre os obstáculos enfrentados e admitiu as falhas. "Quanto à crítica sobre as despesas, é verdade que nós temos uma responsabilidade moral. Dou um exemplo, em um dado momento havia um certo número de pessoas no Brasil, entre eles políticos, que se opunham à Copa do Mundo. Vivemos um inferno, sobretudo porque no Brasil há três níveis políticos, houve mudanças, uma eleição (da presidente Dilma Rousseff) e não discutíamos mais necessariamente com as mesmas pessoas. Foi complicado, porque a cada vez tínhamos de repetir a mensagem". Principal responsável na Fifa pela organização da Copa, Valcke criticou a falta de engajamento do governo federal: "Talvez no futuro tenha de ser a mais alta autoridade representante do povo que seja associada a uma decisão de uma candidatura e não simplesmente um governo, um chefe de Estado e seus ministros que passam com o tempo. Que seja uma representação global do país".

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