quinta-feira, 15 de maio de 2014

JORNAL THE NEW YORK TIMES NOMEIA NOVO DIRETOR DE REDAÇÃO

O jornal The New York Times anunciou a troca no comando de sua redação. Jill Abramson, primeira mulher a assumir o cargo, será substituída pelo editor-chefe Dean Baquet. O inesperado anúncio foi feito pela empresa nesta quarta-feira. Questões administrativas foram apontadas como motivo da troca. Baquet, de 57 anos de idade, é um repórter ganhador do Pulitzer e ex-editor do Los Angeles Times. Ele será o primeiro negro a assumir a diretoria de redação do NYT. “É uma honra ser chamado para liderar a única redação do país que é atualmente melhor do que era uma geração atrás. Que aborda o mundo com admiração e ambição a cada dia”, disse. Jill destacou a nomeação de mulheres para a função de editor sênior como uma de suas principais conquistas. Ex-editora em Washington e repórter investigativa, ela assumiu a diretoria de redação em setembro de 2011. O presidente do New York Times, Arthur Sulzberger, disse não haver “nenhum outro jornalista melhor qualificado para assumir as responsabilidades” do que Dean Baquet. “Ele é um repórter excepcional e um editor com impecável julgamento das notícias que conta com a confiança e o apoio de seus colegas ao redor do mundo e por toda a empresa”. Sulzberger também elogiou a agora ex-diretora, dizendo que sua liderança ajudou o jornal “em seu caminho para o futuro digital”, particularmente na supervisão de novas plataformas e produtos. Jill Abramson chefiou a estruturação da operação on-line do jornal, que tem se esforçado em aumentar a rentabilidade de suas operações digitais. No mês passado, a companhia anunciou um aumento na receita vinda de anúncios no jornal impresso durante o primeiro trimestre. Foi a primeira melhora registrada desde o final de 2005, antes do surgimento do Twitter e quando o Facebook tinha apenas dois anos de existência, apontou o Wall Street Journal, onde, aliás, Jill trabalhou antes de ir para o NYT. O antecessor de Jill Abramson, Bill Keller, ocupou a função durante oito anos. Ele havia substituído Howell Raines, que deixou o cargo em 2003, depois do escândalo com a publicação de matérias inventadas pelo repórter Jayson Blair. Também nesta quarta-feira, Natalie Nougayrède, primeira mulher a ocupar o cargo de editora-chefe do jornal francês esquerdita Le Monde, anunciou estar deixando o posto. Sua saída ocorre uma semana depois que sete dos onze editores-chefes-adjuntos pediram demissão por discordar de sua liderança. Socialismo é isso aí.

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