quarta-feira, 21 de maio de 2014

JUSTIÇA DECRETA NOVA PRISÃO PREVENTIVA CONTRA O DOLEIRO ALBERTO YOUSSEF, O PREFERIDO DO PETISMO

Caíram por terra, na tarde desta quarta-feira, as esperanças do doleiro Alberto Youssef de deixar a prisão. Apontado como um dos cabeças do esquema de lavagem de mais de 10 bilhões de reais, de acordo com a Operação Lava-Jato da Polícia Federal, Youssef perdeu os benefícios do acordo de delação premiada obtidos em 2007, relativos a crimes cometidos no Paraná. A decisão da Justiça Federal, que resultou em mais uma decretação de prisão preventiva contra o doleiro, ocorreu na tarde de terça-feira – portanto, pouco depois de o ministro Teori Zavacski ter recuado e mantido as prisões da maior parte dos réus da Lava-Jato. A decisão contra Youssef foi obtida pelo Ministério Público Federal, em uma petição assinada por cinco procuradores da República, referentes à ação penal 2007.70.00.016759-6. A Justiça entendeu que, por ter voltado a cometer crimes financeiros, o doleiro descumpriu o acordo, o que acarreta a reabertura de processos antigos contra ele. A ação de 2007 é referente aos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira, evasão de divisas e corrupção ativa. De acordo com a acusação, Youssef teria, entre janeiro de 1998 e agosto de 1999, aberto 43 contas em agências bancárias de Londrina, em nome de laranjas, para movimentar pouco mais de 345 milhões de reais. Ainda segundo a acusação, as contas seriam utilizadas para a realização de operações dólar cabo, ou seja, transferências internacionais fraudulentas. Para conseguir movimentar livremente as contas e desviar grandes somas de dinheiro, Youssef, de acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, pagava propina a um gerente do Banestado em Londrina. Alberto Youssef confessou os crimes. Como não integra o processo da Operação Lava-Jato, o processo reaberto tramitará na Justiça comum, sem vínculo com o andamento dos processos agora remetidos ao Supremo Tribunal Federal. O mandado de prisão já foi cumprido.

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