quarta-feira, 21 de maio de 2014

MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO ABRE DOIS INQUÉRITOS PARA INVESTIGAR A GREVE CRIMINOSA E TERRORISTA DOS MOTORISTAS E COBRADORES DE ÔNIBUS, LOCAUTE EXPLÍCITO, COM PARTICIPAÇÃO DO PCC

O Ministério Público Estadual de São Paulo abriu dois inquéritos para investigar a greve-surpresa de motoristas e cobradores de ônibus que prejudica a capital paulista. Depois de uma terça-feira caótica, o paulistano foi de novo submetido a enormes dificuldades com terminais bloqueados e falta de ônibus em diversos pontos da cidade. Os procedimentos apuram informação de que o movimento grevista, sem uma liderança clara, teve início no dia 12 de maio na Viação VIP Transportes, uma das nove empresas que realizam o transporte público na capital, na Zona Sul de São Paulo. "Chegou ao conhecimento desta Promotoria de Justiça que a Polícia Militar do Estado de São Paulo não estaria cumprindo determinação judicial para manutenção do funcionamento do trafego de ônibus na cidade. Portanto, não houve pronta intervenção em movimento grevista realizado por funcionários da VIP Transportes no dia 12 de maio, na Estrada do M'Boi Mirim, que ocasionou a interrupção do trânsito na região", escreveu o promotor César Dario Mariano. Mariano considera que cabe à Polícia Militar preservar o direito de ir e vir da população. A polícia pode inclusive entregar força "se as circunstâncias justificarem seu uso". Assim, oficiou ao comando da Polícia Militar e à Secretaria de Segurança Pública para se explicar sobre os fatos, com prazo de resposta em até dez dias. Outro inquérito, presidido por Maurício Antonio Ribeiro Lopes, também diz que há paralisações desde o dia 12. Ele oficia o delegado-geral de polícia para a "apuração de eventuais crimes relacionados às condutas dos motoristas, cobradores e outros trabalhadores envolvidos" na paralisação. Lopes faz o mesmo pedido ao superintendente da Polícia Federal em São Paulo. Lopes pede ainda que a Secretaria Municipal de Transportes forneça toda a documentação referente aos fatos "com máximo detalhamento possível sobre as causas, consequências e especialmente a indicação da população usuária que for diretamente afetada pela paralisação e elaboração de cálculos, mensurando em valores segundo metodologia usualmente empregada para esse fim, do prejuízo acarretado a cidade pela paralisação". Lopes também dá prazo máximo de dez dias para que os órgãos citados se manifestem. Esses caras do Ministério Público sempre chegam atrasados nos assuntos.

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