domingo, 4 de maio de 2014

"MOVIMENTOS SOCIAIS" PLANEJAM PROTESTOS UNIFICADOS DURANTE A COPA DO MUNDO

A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop) e os demais movimentos sociais que participam do Encontro dos Atingidos – Quem Perde com os Megaeventos e Megaempreendimentos, em Belo Horizonte, planejaram protestos e mobilizações durante o Mundial. Na sexta-feira, participantes do encontro, das 12 cidades-sede da Copa do Mundo, discutiram estratégias de mobilização para fazer do evento um espaço de protesto e reivindicação. “Nós fomos bem surpreendidos pela realização das manifestações durante a Copa das Confederações, no ano passado, e queremos que elas voltem a ocorrer”, disse Valéria Pinheiro, da Ancop e do Comitê Popular da Copa do Ceará. “Nós queremos juntar as diversas articulações de movimentos sociais, populares, sindicatos e todos os setores que neste momento estão comprometidos em levar uma mensagem de luta para o povo brasileiro para que a gente de fato organize uma jornada unitária”, disse o integrante da direção nacional da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas, é braço do PSOL), Sebastião Carlos. O integrante do Movimento Passe Livre de São Paulo, uma das organizações que convocaram os atos que ocorreram durante a Copa das Confederações, Eudes Oliveira, acredita que temas como mobilidade urbana devem incentivar a participação popular: “As obras de infraestrutura não foram feitas. Pelo contrário, o transporte não melhorou, as pessoas estão todos os dias sofrendo com transporte ruim, lotado”. Marcelo Edmundo, da Central dos Movimentos Populares (CMP), destacou que a discussão sobre novas leis que possam vir a coibir manifestações também deve ser rechaçada nos atos, como o Projeto de Lei 499/2013, que define como terrorismo o ato de provocar ou infundir terror ou pânico generalizado, e que voltou à tona após o assassinato do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, em fevereiro deste ano. Muitos avaliam que essa proposta pode coibir as manifestações no país. “Nós estamos diante da maior ameaça contra os movimentos populares”, disse Edmundo. A ideia dos movimentos é que os atos comecem antes do Mundial. A Ancop convocou os movimentos para participar do Dia Internacional de Luta contra a Copa, marcado para o dia 15 de maio. No Distrito Federal e em São Paulo, ações estão em planejamento.

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