sexta-feira, 23 de maio de 2014

NOME DO PEREMPTÓRIO PETISTA GRILO FALANTE TARSO GENRO APARECE EM ANOTAÇÕES DE PRESO DA OPERAÇÃO ARARATH

Anotações encontradas em Cuiabá, pela Polícia Federal, na 5ª Etapa da Operação Araratu, na casa de Eder Moraes, ex-secretário da Fazenda do ex-governador e hoje senador Blairo Maggi (PR) e do atual governador Silva Barbosa (PMDB, que também teve sua casa invadida por ordem judicial), apontam para como ele "alimentava o sistema", com a provável compra de apoio político, financiamento de campanha eleitoral e pagamentos de outros empréstimos tomados no "mercado financeiro paralelo", ´por meio de pagamentos efetuados a deputados estaduais, empreiteiras e até a um prefeito. E mostram também o envolvimento do petista Tarso Genro.
Documento aprendido com Eder na Ararath relacionava repasses a deputados, prefeito e empresas
Anotações encontradas na casa do ex-secretário de Estado do ex-governador Blairo Maggi (PR) e do governador Silval Barbosa (PMDB), Eder Moraes, apontam como ele ‘alimentava o sistema’ (provável compra de apoio político, financiamento de campanha eleitoral e pagamentos de outros empréstimos tomados no ‘mercado financeiro paralelo’) por meio de pagamentos efetuados a deputados estaduais, empreiteiras e até a um prefeito. Na relação aparecem anotações com valores e abreviaturas de nomes dos beneficiados. Um dos primeiros nomes que aparece é o do atual governador do Rio Grande do Sul, o peremptório petista "grilo falante" Tarso Genro (veja na imagem abaixo), que na época era o ministro da Justiça e comandante maior da Polícia Federal, a polícia política do PT. Aparece também a sigla "BM", que na ação é interpretada como Blairo Maggi, ligado à quantia de R$ 12 milhões. À abreviação "G. Maluf" (supostamente deputado Guilherme Maluf) está atrelada a quantia de R$ 1,587 milhão. Ao "P. Muniz" (interpretado como se fosse o prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz) está atribuída a quantia de R$ 2 milhões. Ao lado do nome "Dilceu" (supostamente ex-deputado Dilceu Dal’Bosco) consta a quantia de R$ 1,6 milhão. Ao deputado Daltinho estão atribuídos 2 valores: de R$ 900 mil e de R$ 600 mil. A "Fabris" (Gilmar Fabris) consta o repasse da quantia de R$ 2 milhões.



Além desses estão anotados "A. Soares" (ex-conselheiro do TCE, Alencar Soares), com o valor de R$ 1,5 milhão; transferência para as empresas Gemini Construções Projetos Ltda, administrada pelo empresário Anildo Lima Barros, no valor de R$ 500 mi; Além de transferência à empresa Geosolo de R$ 5 milhões, supostamente para José Mura Júnior.  A quinta etapa da Operação Ararath, deflagrada na manhã de terça-feira pela Polícia Federal em Cuiabá, dá uma noção do tamanho do esquema investigado em Mato Grosso contra crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, revela o funcionamento de uma instituição financeira “pirata” que abastecia campanhas eleitorais, “presenteava” autoridades e viabilizava até a compra de vagas no Tribunal de Contas do Estado. O “banco clandestino” ainda auxiliava seus tomadores na ocultação da origem de recursos recebidos por empresas privadas. Sofreram devassas em suas casas e/ou gabinetes na terça-feira o ex-secretário de Fazenda, Casa Civil e Secopa, Eder Moraes (PMDB); governador Silval Barbosa (PMDB); deputado estadual e presidente afastado da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva (PSD); prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB); conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, Humberto Bosaipo; conselheiro do TCE e ex-deputado estadual Sérgio Ricardo, e o promotor de justiça e membro do Gaeco Marcos Regenold Fernandes. Dos pedidos de busca e apreensão solicitados pelo Ministério Público Federal e pela Procuradoria-Geral da República, Dias Toffoli só não acatou os mandados contra a casa e a empresa Amaggi, do senador Blairo Maggi (PR), que era governador do Estado durante o período em que o esquema foi identificado, em 2005, e que teria seguido até 2013, já sob a administração de seu sucessor, Silval Barbosa (PMDB). As quatro primeiras etapas da Ararath apontam que o empresário Gercio Marcelino Mendonça Junior, o Júnior Mendonça, utilizou-se de sua empresa de factoring Globo Fomento Mercantil e depois de sua rede de postos de combustíveis, Comercial Amazônia Petróleo, para operar, sem autorização do Banco Central do Brasil, concedendo empréstimos de vulto a pessoas físicas e jurídicas, com tomada de garantias e cobrança de juros. Mendonça optou por fazer delação premiada junto à Polícia Federal e seus depoimentos, junto ao que já havia sido apreendido nas etapas anteriores da operação, basearam a quinta fase da Operação Ararath. 

Nenhum comentário: