quinta-feira, 15 de maio de 2014

POLÍCIA AMERICANA DIZ QUE SÓCIO FORAGIDO DA TELEX-FREE ESTÁ NO BRASIL

Autoridades americanas afirmam que Carlos Wanzeler, o sócio brasileiro da TelexFree, está no Brasil. Ele é considerado foragido pela polícia local desde a última sexta-feira. Segundo o Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos, sua fuga teria começado em 15 de abril, quando a sede da companhia, em Marlborough, no estado americano de Massachusetts, foi invadida por agentes federais americanos, após uma investigação apontar evidente prática de pirâmide financeira - a TelexFree teria levantado mais de 1 bilhão de dólares de maneira fraudulenta. Para escapar da vigilância da polícia americana, Wanzeler, primeiramente, dirigiu seu carro BMW com a filha, Lyvia Wanzeler, até o Canadá. Ele cruzou a fronteira dos Estados Unidos com Lacolle, na província de Quebec, por volta de 23 horas daquela terça-feira, 15 de abril. Dois dias depois, pai e filha teriam embarcado em um vôo da Air Canada de Toronto para São Paulo. Wanzeler entrou no país usando um passaporte brasileiro. Nesse mesmo dia, agentes federais executaram um mandado de busca e apreensão na casa de Wanzeler, onde estava sua esposa, Katia. Ela teria dito às autoridades que o marido estava em um hotel, conforme recomendação de advogados. Na noite de quarta-feira, Katia foi presa no aeroporto de Nova York tentando deixar os Estados Unidos. Ela estava sendo procurada como uma das testemunhas dos crimes financeiros cometidos pela matriz da TelexFree nos Estados Unidos. Na sexta-feira, 9 de maio, o sócio de Wanzeler na TelexFree, James Merrill, foi preso nos Estados Unidos acusado de fraude financeira. Se forem condenados, os executivos podem pegar até 20 anos de prisão. Os bens da TelexFree foram bloqueados pela Justiça de Massachussetts no mês passado e o diretor financeiro da empresa, Joseph Craft, foi pego tentando fugir com inúmeros cheques no valor de 38 milhões de dólares destinados aos donos da TelexFree nos Estados Unidos, James Merrill e Carlos Wanzeler. Segundo a procuradora Carmen M. Ortiz, que assinou parecer sobre o caso, o escopo da suposta fraude "é de tirar o fôlego": "Esses réus planejaram um esquema que captou centenas de milhões de dólares de pessoas que trabalham duro no mundo todo". A filial brasileira está sob investigação desde o ano passado por prática de pirâmide no Brasil, com os bens bloqueados e impedida de funcionar por uma decisão da Justiça do Acre.

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