quinta-feira, 8 de maio de 2014

POLÍCIA CIVIL PAULISTA PRENDE TERCEIRO SUSPEITO PELA MORTE DA MULHER LINCHADA NO GUARUJÁ

A Polícia Civil prendeu na noite desta quinta-feira o terceiro suspeito de ter linchado até a morte a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, no sábado, no Guarujá, no litoral de São Paulo. A mulher foi confundida com o retrato falado de uma suposta sequestradora de crianças e morreu depois de ser espancada. O pintor Carlos Alex Oliveira de Jesus, de 23 anos, estava foragido do bairro Morrinhos, onde o crime ocorreu, e foi preso no município vizinho de Peruíbe. Ele alegou que estava na cidade “a trabalho”. O suspeito foi apresentado pela polícia na Delegacia Sede do Guarujá ao lado do ajudante de serviços gerais Lucas Rogério Fabrício Lopes, de 19 anos, segundo dos agressores a ser preso. Lopes é conhecido pela alcunha de “Lagartixa”, e Oliveira, de “Pote”. Pela manhã, Lopes havia afirmado em depoimento à polícia que Oliveira, o “Pote”, teria sido executado por traficantes após o espancamento de Fabiane, mas a polícia o localizou em Peruíbe. A participação de cada um dos três presos (até o momento) aparece em vídeos gravados por testemunhas com telefones celulares. Denúncias anônimas e testemunhas ouvidas pela polícia auxiliaram na identificação dos suspeitos. Segundo investigadores, Lopes golpeou a cabeça de Fabiane com uma bicicleta e a arrastou pela rua. Oliveira amarrou as mãos e as pernas da mulher, desferiu chutes na vítima e bateu com a cabeça dela contra o chão. Ambos disseram estar “muito arrependidos”. Oliveira disse que estava sob efeito de cocaína. A polícia também apreendeu o pedaço de madeira que, segundo agentes, foi usado pelo eletricista Valmir Dias Barbosa, de 48 anos, para golpear a cabeça de Fabiane. Barbosa foi o primeiro detido e confessou o crime. “A polícia está analisando as imagens e conseguindo individualizar a conduta de cada um daqueles que concorreram para a morte de Fabiane. Isso é de extrema importância para que a gente tenha sucesso na ação penal, caso eles venham a ser processados”, disse delegado Luiz Ricardo Lara, titular do 1º DP do Guarujá. Outros dois suspeitos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas ainda não foram encontrados por policiais.

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