terça-feira, 27 de maio de 2014

POLÍCIA FEDERAL LIGA DOLEIRO ALBERTO YOUSSEF A ASSESSOR DO GOVERNO DE ROSEANA SARNEY

A Polícia Federal apontou ligação entre o doleiro Alberto Youssef e um assessor especial da Casa Civil do Maranhão, nomeado pela governadora Roseana Sarney (PMDB). Youssef foi preso no dia 17 de março, apontado como um dos cabeças do esquema de lavagem de dinheiro que movimentou aproximadamente 10 bilhões de reais na Operação Lava-Jato, deflagrada pela Polícia Federal.  No relatório dos investigadores, há relatos de que Youssef, no dia da prisão, acompanhava uma pessoa que deixou uma caixa para Milton Braga Durans na portaria do Hotel Luzeiros. Durans é assessor da Casa Civil maranhense desde agosto de 2013. Segundo a Polícia Federal, câmeras de segurança interna filmaram a chegada ao hotel de Youssef e o acompanhante, identificado como Marco Antônio de Campos Ziegert, na madrugada de 17 de março. Durante a madrugada, às 3h29, Youssef foi até o quarto de Ziegert no 13º andar levando uma das duas malas pretas que havia trazido para o hotel e retornou sem ela para sua acomodação, "dando a entender que deixou a referida mala no quarto de Marco Ziegert", segundo o relatório da polícia. Depois disso, às 10h47, Ziegert deixa o hotel em um táxi com umas das malas pretas deixadas por Youssef. Mais tarde, às 15h30, Ziegert volta ao hotel sem nada nas mãos. Neste momento, Ziegert deixa uma caixa na recepção do hotel, que, segundo a Polícia Federal, deveria ser repassada ao assessor especial do governo de Roseana Sarney. De acordo com o Hotel Luzeiros, Braga Durans retirou a encomenda na recepção alguns dias depois. Quanto ao conteúdo da caixa, o advogado do doleiro, Antônio Figueiredo Basto, afirmou se tratar de uma caixa de vinho, um presente de Youssef para Durans. "Ele me disse, 'não tem dinheiro nenhum, foi vinho que foi deixado lá'. Não disse o motivo de ter deixado a caixa. "'Deixei para um cara que estava me ajudando com uns terrenos lá'", afirmou o advogado de Youssef. Segundo Basto, o doleiro estava em São Luis à procura de terrenos para a construção de um hotel. "É impossível querer dizer que não estivessem juntos. Agora, o objeto de estarem juntos não era corrupção de nenhuma autoridade", afirmou o defensor do doleiro.

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