sexta-feira, 13 de junho de 2014

A AGITADORA "SININHO" AGORA VAI SE INCOMODAR UM TANTO, ELA FOI INDICIADA POR "INCITAÇÃO À VIOLÊNCIA"; SE O BRASIL TIVESSE LEI ANTI-TERRORISMO, ELA SERIA INDICIADA POR TERRORISMO

Presença certa nos protestos de rua no Rio de Janeiro desde junho do ano passado, a agitadora e suposta estudante de cinema Elisa Quadros, conhecida como "Sininho", foi indicada por “incitação a atos de violência”, por sua atuação em manifestações. Se houvesse uma lei anti-terrorismo no Brasil, ela seria indiciada por terrorismo. O indiciamento foi confirmado pelo advogado Marino D´Icarahy, que representa "Sininho" e outros indiciados por suspeita de crime em protestos. A agitadora Elisa esteve na manhã desta sexta-feira na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), na Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio de Janeiro, mas recusou-se a prestar depoimento. O inquérito corre em segredo. "A defesa não teve acesso ao inquérito. Por isso, minha cliente não prestou depoimento.  Vou pedir vistas do processo e remarcar o depoimento para que ela possa desmentir tudo isso”, disse D’Icarahy. De acordo com o advogado, o inquérito está na 27ª Vara Criminal. Na última quarta-feira, a agitadora Elisa teve computador e arquivos digitais apreendidos pela Polícia Civil. No mesmo dia, ao todo 17 agitadores que participam de protestos foram alvos de mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça, para recolhimento de provas de crimes cometidos em manifestações. A agitadora Sininho, na ocasião, também foi levada para prestar depoimento na DRCI. Sininho não depôs e teve o interrogatório remarcado. No mesmo dia, ela tinha agendado depoimento em um processo contra dois policiais militares acusados de forjar a apreensão de um explosivo com um manifestante. Em outubro do ano passado, a agitadora Elisa – vista diversas vezes à frente de manifestações com participação de black blocs – foi presa com outras 84 pessoas nas escadarias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro e chegou a ser levada para uma das casas de custódia de Bangu. Na época, ela afirmou não trabalhar. Em janeiro, ela voltou a ser detida, sob acusação de ter chamado de “macaco” um policial militar, durante uma discussão na Lapa. Ela foi autuada, na 5ª DP (Gomes Freire), por desacato. No mês seguinte, mais confusão. A agitadora esteve na 17ª DP (São Cristóvão) para prestar solidariedade a Fábio Raposo, preso acusado de deflagrar o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, da Band. Dias depois, ela foi convocada a prestar depoimento para esclarecer um telefonema no qual afirmava que o deputado Marcelo Freixo (PSOL) teria ligação com os acusados de matar o cinegrafista. Freixo negou ter ligação com os black blocs.

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