quinta-feira, 19 de junho de 2014

DESCOBERTOS 20 POEMAS INÉDITOS DO POETA COMUNISTA CHILENO PABLO NERUDA

A Fundação Pablo Neruda afirmou nesta quarta-feira que foram encontrados 20 poemas inéditos do poeta comunista e prêmio Nobel de Literatura chileno em caixas com manuscritos de obras do poeta, que serão publicados em um livro no fim do ano. São seis poemas sobre amor e mais 14 de outros temas escritos a partir de 1956. Os textos foram cuidadosamente recolhidos e verificados em um trabalho que se estendeu por mais de dois anos. A fundação explicou que a descoberta ocorreu depois de um estudo rigoroso de uma coleção de manuscritos da obra de Neruda, papel por papel, com o objetivo de fazer um catálogo mais completo do que aquele que existia na biblioteca da entidade. Foi durante estes trabalhos que a fundação constatou que havia cadernos nos quais Neruda escreveu poemas que, posteriormente, destinou a diferentes livros. Mas também foram encontrados poemas que não apareciam em nenhuma das publicações, nem em compilações posteriores. Em seguida, o material foi submetido a novas revisões para ter a segurança de que eram realmente inéditos. "Não foi possível determinar a data de todos esses poemas, porque nem todos têm a indicação da data em que foram escritos, pois o poeta colocava a data só às vezes", disse o diretor da biblioteca da Fundação Pablo Neruda, Darío Oses. "Sim, é possível associar muitos dos poemas a algumas épocas, por exemplo aquela na qual Neruda estava escrevendo suas odes, que finalmente publicou em quatro livros", acrescentou. A fundação afirmou que entregou os poemas ao seu agente, que contratou o grupo Planeta para a publicação. O autor de "Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada" morreu em 23 de setembro de 1973, duas semanas depois do golpe militar que levou Augusto Pinochet ao poder. A publicação dos 20 poemas inéditos deve ocorrer no fim deste ano, coincidindo com a comemoração dos 110 anos do nascimento do poeta comunista chileno.

Um comentário:

Anônimo disse...

Será que são "odas" a Mao, a Fidel, a Ceauscescu e a outros humanistas de igual quilate?

(...)
al Capitán lejano que al entrar en la muerte
dejó a todos los pueblos, como herencia, su vida.