segunda-feira, 2 de junho de 2014

GOVERNO DA PETISTA DILMA ROUSSEFF DÁ AUMENTO À POLÍCIA FEDERAL PARA EVITAR GREVE DURANTE A COPA DO MUNDO

A poucos dias do início da Copa do Mundo, o governo petista de Dilma Rousseff conseguiu um acordo com a Polícia Federal para evitar um greve da categoria durante os jogos. O Palácio do Planalto acertou um aumento salarial de 15,8% para agentes policiais, escrivães e papiloscopistas. Será repassado 12% agora e 3,8% em janeiro. A correção salarial terá um impacto de R$ 376 milhões na folha de pagamento da União até janeiro, segundo a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), entidade que representa mais de dez mil servidores. Com isso, a categoria que ameaçava fazer greve durante o Mundial para pressionar o Planalto a retomar as negociações de aumento e reestruturação de carreiras, decidiu suspender a ameaça de greve - o que impactaria principalmente os aeroportos da cidades-sede da Copa. "Não vamos fazer paralisação e greve na Copa, tanto por causa do acordo de aumento quanto por causa das decisões do Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, que classificaram a greve como ilegal", afirma o vice-presidente da Fenapef, Luis Antônio Boudens. O Superior Tribunal de Justiça chegou a determinar uma multa de R$ 200 mil caso a Polícia Federal decidisse manter a greve na Copa. Boudens afirma que o acordo foi assinado por causa da reestruturação e não pelo aumento em si, considerado distante do ideal. "Nós cedemos na aceitação do índice para avançar na reestruturação", diz, afirmando que desde 2007 o governo "ficou intransigente", fechando o canal de diálogo com os policiais. "Nosso salário está defasado há 7 anos e isso significa 40% para ser resgatado", diz. O governo vai enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei alterando a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014 para incluir o aumento da Polícia Federal. Embora a legislação eleitoral proíba aumentos salariais em ano eleitoral, o governo conseguiu escapar de ser questionado judicialmente por enquadrar o aumento como parte da negociação iniciada em 2012 pela Secretaria de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento.

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