quarta-feira, 23 de julho de 2014

A MARCHA DOS IRRESPONSÁVEIS E A RECUPERAÇÃO DA SANIDADE. OU: A MÃE DE UM "ATIVISTA" É O QUÊ? UMA IDÉIA? UMA IDEOLOGIA? UMA TESE? UMA ANTÍTESE? UMA SÍNTESE?

Enquanto a Polícia do Rio de Janeiro e o Ministério Público investigavam a rede criminosa que se formou para depredar o patrimônio público e privado, para atacar a polícia e os poderes instituídos e para provocar o caos no País, Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, conversava com black blocs. Foram várias reuniões. Os filoterroristas trocavam telefonemas para fabricar coquetéis molotov e planejavam incendiar a Câmara dos Vereadores, mas um dos principais ministros de Dilma Rousseff batia papinho com marginais. Setores majoritários da imprensa — e não adianta a gente tentar dourar a pílula — não estavam menos doidões do que Gilberto Carvalho: chamavam baderneiros de “manifestantes” e violência explícita, de “manifestação pacífica”. Aliás, tratam ainda hoje militantes de grupos de extrema esquerda, alguns com clara vocação terrorista e que fazem profissão de fé na violência, como “ativistas”. Eu continuo a não saber o que é isso.

Quando a prisão preventiva de 23 investigados foi decretada, o PT — sim, o PT! — veio a público para criticar a Justiça. Sem conhecer os dados do inquérito e sem ter informações sobre as investigações, emitiu uma nota em que afirmou: “O PT repudia a criminalização das manifestações e defende a ampliação dos espaços de diálogo e participação popular na relação do Estado com os movimentos sociais. A violência de Estado e a intimidação de manifestantes devem ser repelidas por todos os que defendemos a democracia e a liberdade de manifestação, motivo pelo qual também reivindicamos a liberdade dos ativistas que ainda se encontram presos”.
A nota é assinada por Rui Falcão, presidente do partido; Bruno Elias, secretário de Movimentos Populares, e Rodrigo Mondego, coordenador da Setorial de Direitos Humanos do PT. Esse Rodrigo acompanhou, por exemplo, a advogada Eloísa Samy ao Consulado do Uruguai, com um casal de black blocs. Foram pedir asilo político! Nota: o rapaz tem 18 anos; a moça é menor. Impressionante!
Lembrem-se de tudo o que aconteceu no País de junho do ano passado a esta data, incluindo os dias que antecederam a Copa do Mundo. Não lhes parece impressionante que a Polícia Federal, subordinada ao Ministério da Justiça — cujo titular é José Eduardo Cardozo —, não tenha conduzido uma única investigação de fundo? Nada!!! A marcha da irresponsabilidade só fazia crescer. A própria OAB-RJ se comportou, e já pontei isso aqui, como babá de black blocs.
Gravações que vieram a público dão conta da articulação criminosa. Agora, a polícia investiga as fontes de financiamento da baderna. Uma delas seria o Sindipetro-RJ, o Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro, que é filiado à CUT — e isso quer dizer que é vinculado ao PT. Outro é o Sindicato dos Professores do Rio. E, nesse caso, não há surpresa nenhuma. A direção da entidade é ligada ao PSOL (já volto ao partido). Na greve dos professores das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro, a entidade emitiu uma nota em que admitia a parceria com os black blocs.
Do PSOL também é a deputada estadual Janira Rocha, aquela que usou um carro da Assembleia Legislativa para transportar a foragida Eloisa Samy. Ou por outra: uma parlamentar deu fuga a uma procurada pela polícia. É a mesma Eloísa que se fazia acompanhar pelo tal Rodrigo Mondego, do PT. Entenderam?
O partido, que emitiu a nota em solidariedade aos que tiveram a prisão preventiva decretada, agora se cala diante das evidências dos crimes que cometeram. O mesmo faz Gilberto Carvalho. Dilma não age de modo diferente. Toda essa gente, em algum momento, achou que o caos lhe poderia ser útil.
Assistam a um vídeo que circula nas redes, produzido pela notória “Mídia Ninja”. Esta senhora que fala aí é Jandira Mendes, mãe de Igor, um dos que tiveram a prisão preventiva decretada e que estão foragidos.
Peço a vocês, por favor, que comentem com moderação. Afinal, ela é mãe, embora sua visão de mundo não pudesse ser mais equivocada. Não sei se a polícia atuou como ela diz. É o relato de quem sustenta haver “presos políticos” no Brasil… Dizer o quê? Sei lá que desvio cognitivo leva essas pessoas a reagir como se o país fosse uma feroz ditadura. A única tirania que enfrentamos, convenham, é a dos valores de esquerda, não é mesmo?
Torço para que Justiça, Ministério Público e a polícia não se intimidem. Eu não sei o que a dona Jandira fazia quando o Brasil era, de fato, uma ditadura. Eu sei o que eu fazia. E posso assegurar a esta senhora que ela não sabe o que diz, embora respeite o amor da mãe por seu “ativista”. Não sei como é isso. Eu tenho filhos apenas. E por isso sou seu pai. A mãe de um ativista é o quê? Uma ideia? Uma ideologia? Uma tese? Uma antítese? Uma síntese talvez… O desespero dessa gente indica que o país pode estar recuperando a sanidade. Por Reinaldo Azevedo

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