segunda-feira, 7 de julho de 2014

CERCA DE 57% DOS PILOTOS COCHILARAM SEM QUERER DURANTE VÔOS NACIONAIS

Pesquisa da Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil (Abrapac) revelou que 57,04% dos pilotos da aviação comercial brasileira já cochilaram sem querer no comando de vôos domésticos. Em relação a vôos internacionais, o índice é ainda mais preocupante: 62,83%. Já 20,14% dos pilotos ouvidos afirmam nunca terem cochilado, mas conhecem um colega que o fez em um vôo nacional - em vôos internacionais, o índice é de 15,04%. Ao todo, 1.250 pilotos responderam ao levantamento, por meio de um questionário via internet. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o País tem 5.963 pilotos. "Entre os pilotos de rota nacional, os vôos normalmente são mais curtos e, consequentemente, mais dinãmicos. Nesse contexto, um cochilo não intencional pode ser extremamente perigoso. Em ambos os casos (domésticos ou internacionais), no entanto, não permanecer em vigília quando solicitado é perigoso, pois em uma situação de emergência o tempo rápido de reação é essencial para que não se cometa erros", avalia a Abrapac no relatório do estudo. O levantamento indica que a irregularidade dos turnos de trabalho - diurnos, vespertinos ou noturnos - piora o desgaste dos profissionais. “Um trabalho em turnos irregulares dificulta a organização da vida social desses trabalhadores, o que pode refletir em sua saúde mental, além de sua saúde física. Neste contexto, mesmo considerando que a legislação atual sobre a regulamentação da jornada de trabalho esteja sendo respeitada, essa irregularidade dos horários de trabalho, associada às folgas simples ou duplas que não incluem o final de semana, são agravantes nas questões relacionadas ao sono e consequentemente à saúde”, informa a pesquisa.

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