terça-feira, 22 de julho de 2014

JUIZ AMERICANO VOLTA A NEGAR PEDIDO DE SUSPENSÃO DO PAGAMENTO DA DÍVIDA ARGENTINA

O juiz Thomas Griesa, da Suprema Corte dos Estados Unidos, negou a medida cautelar dos advogados do governo argentino que propunha a suspensão do pagamento de dívida de 1,33 bilhão de dólares aos chamados "fundos abutres". Griesa também determinou que o governo da peronista populista e muito incompetente Cristina Kirchner continue a negociar com seus credores para chegarem a uma acordo até o fim do mês. O juiz americano interrompeu suas férias para ir à Corte nesta terça-feira e conduzir audiência sobre seis pedidos de esclarecimentos feitos pelas partes envolvidas. Os "fundos abutres" representam apenas 8% dos detentores de títulos da dívida que não foi paga pela Argentina em 2002. Eles não quiseram renegociar os débitos e reduzir o montante devido nas reestruturações feitas em 2005 e 2010, como os demais 92% fizeram. A Argentina afirmou, na segunda-feira, que só negociaria com os fundos abutres se a obrigação de pagamento fosse suspensa. O juiz americano determinou em junho que a Argentina pague até 30 de julho o valor integral devido a esses fundos, da ordem de 1,33 bilhão de dólares, acrescidos de juros. Se não o fizer até o fim do mês ou chegar a um acordo com os credores, a Argentina entrará em default e poderá ter seus bens no Exterior confiscados, como recursos enviados às embaixadas, por exemplo. A Argentina já havia apresentado medida cautelar pedindo a suspensão, mas o pedido foi negado por Griesa. A situação se agravou também porque a decisão de Griesa versa sobre os pagamentos aos credores que aceitaram a reestruturação da dívida — com os quais o governo Kirchner quer honrar os compromissos. Mas, de acordo com a decisão, se a Argentina não pagar os "fundos abutres", os pagamentos aos demais credores também serão congelados. Em junho o país tentou enviar aos Estados Unidos cerca de 1 bilhão de dólares para pagar os demais credores, porém, a Justiça americana bloqueou o montante. O gestor Jay Newman, da NML, um dos "fundos abutres" envolvidos no processo, afirmou que vem tentando negociar com o governo argentino há mais de dez anos, porém, sem sucesso.

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