quarta-feira, 2 de julho de 2014

LÍDER DE CALIFADO CONCLAMA MUÇULMANOS PARA A "GUERRA SANTA"

O líder do grupo dissidente da organização terrorista Al Qaeda que agora se classifica como Estado Islâmico conclamou muçulmanos de todo o mundo a pegar em armas e rumar ao "califado" que declarou em territórios capturados na Síria e no Iraque. Proclamando uma “nova era” na qual os muçulmanos, por fim, irão triunfar, Abu Bakr al-Baghdadi emitiu o chamado para a jihad – a guerra santa – em uma mensagem de áudio de quase 20 minutos publicada on-line nesta terça-feira. Foi sua primeira mensagem desde que o grupo, anteriormente conhecido como Estado Islâmico no Iraque e no Levante (Isil), proclamou o califado no domingo e o declarou como seu líder – uma tentativa audaciosa de apagar fronteiras nacionais e redesenhar o mapa do Oriente Médio. Baghdadi, que assumiu o título medieval de califa, usou a mensagem para tentar impor sua autoridade sobre muçulmanos de toda parte. Ele pediu que se levantem e vinguem as supostas injustiças cometidas contra sua religião, da República Centro-Africana a Mianmar. “Aterrorizem os inimigos de Alá e procurem a morte nos lugares onde esperam encontrá-la”, disse ele. “Seus irmãos, em cada canto desta terra, estão esperando que vocês os resgatem”. A mensagem de áudio, intitulada “Uma Mensagem aos Mujahideen (combatentes da jihad) e à Ummah (comunidade) Muçulmana no Mês do Ramadã”, foi publicada na Internet pelo braço midiático do grupo. “Por Alá, iremos nos vingar, por Alá iremos nos vingar, mesmo se demorar um pouco”, declarou Baghdadi. Embora o poder crescente do Isil possa seduzir muitos militantes, já surgiram sinais de discórdia. Alguns grupos islâmicos que combatem na Síria rejeitaram o anúncio do califado, dizendo que seus termos não “se concretizaram até o momento”, e exortaram os muçulmanos a não se unir ao Estado Islâmico. A Associação dos Estudiosos Muçulmanos do Iraque, formada para representar a minoria sunita, informou em um comunicado: “Qualquer grupo que anuncie um Estado ou emirado islâmico... sob estas condições não age no interesse do Iraque e de sua unidade”.

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