segunda-feira, 28 de julho de 2014

LLOYDS RECEBE MULTAS DE US$ 370 MILHÕES POR MANIPULAR TAXA DE JUROS LIBOR

O banco britânico Lloyds concordou em pagar multas totalizando 370 milhões de dólares a autoridades norte-americanas e britânicas, que investigam o papel que a instituição teve no escândalo de manipulação de uma taxa de referência de juros e de tarifas em um esquema de empréstimos do governo do Reino Unido. O acordo representa a sétima multa conjunta aplicada por reguladores britânicos e norte-americanos para penalizar instituições pela tentativa de manipulação da taxa interbancária de Londres, a Libor, e outros índices referenciais usados para precificar cerca de 450 trilhões de dólares em produtos financeiros no mundo todo. Os delitos estão ligados às taxas Libor para a libra, o dólar norte-americano e o iene. A manipulação das taxas ocorreu entre 2005 e 2009. Outro banco britânico, o Barclays, admitiu que tentou fazer com que a Libor ficasse artificialmente baixa para evitar que a saúde financeira do banco acabasse exposta aos mercados durante a crise global. A instituição financeira também tentou manipular as taxas de empréstimos para beneficiar suas operações. A decisão de penalizar os bancos foi tomada pelo órgão regulador bancário britânico, o Financial Services Authority, pela americana Commodity Futures Trading Commission (equivalente à Comissão de Valores Mobiliários) e pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Depois que o escândalo veio à tona, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou uma investigação parlamentar sobre o setor bancário. A Câmara dos Comuns decidiu criar uma comissão de inquérito sobre o caso e o Serviço de Combate ao Crime Financeiro está a ponto de abrir uma investigação criminal. Além do Lloyds e do Barclays, outros bancos envolvidos nas negociações eram os franceses Société Générale e Crédit Agricole, o alemão Deutsche Bank e o britânico HSBC. Contudo, a explosão do escândalo ocorreu no Barclays, provocando a renúncia do presidente e do diretor-executivo do banco, multado em 290 milhões de libras (456 milhões de dólares).

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