terça-feira, 15 de julho de 2014

MILITAR TROCADO POR TALIBÃS VOLTARÁ TRABALHAR NO EXÉRCITO AMERICANO

O sargento Bowe Bergdahl, capturado por rebeldes afegãos em 2009 e libertado no final de maio após uma controversa troca de prisioneiros entre o governo dos Estados Unidos e o Talibã, voltará a trabalhar no Exército. Bergdahl, de 28 anos, retorna à ativa apenas seis semanas após sua libertação. Ele está no momento em um hospital de uma base militar próxima a San Antonio, no Texas, confirmou o Pentágono. "O sargento Bergdahl concluiu a fase final do processo de reintegração e agora vai voltar à ativa", informa um breve comunicado oficial. O Pentágono, porém, não informou quais funções o sargento vai exercer na base militar. O texto ainda destaca que a volta do militar à ativa não significa que o inquérito sobre uma possível deserção foi arquivado. "A investigação do Exército sobre os fatos e as circunstâncias que rodeiam o desaparecimento e captura de Bergdahl continua", ressalta o Pentágono. A investigação foi anunciada por causa das acusações de que Bergdahl teria desertado de seu posto no Afeganistão. Várias dessas alegações foram feitas por colegas da unidade do sargento, que afirmaram que ele não é um herói, mas sim um traidor. O encarregado da investigação é o general Kenneth Dahl, que prometeu conduzir um inquérito minucioso. O Pentágono já concluiu que o sargento foi capturado após simplesmente deixar a sua base sem autorização. Agora, os investigadores vão tentar descobrir se ele pretendia desertar. Não há previsão para a conclusão do trabalho. A libertação de Bergdahl não só provocou controvérsia por causa das especulações sobre seu desaparecimento. O governo do presidente Barack Obama, que liderou os esforços, se tornou um alvo da oposição por causa do preço pago pela libertação: cinco militantes talibãs detidos na prisão de Guantánamo. Em resposta, o secretário de Estado, John Kerry, justificou a libertação afirmando que teria sido "insultante" e "incompreensível" abandonar um militar americano nas mãos do Talibã.

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