sexta-feira, 18 de julho de 2014

MINISTRA ISRAELENSE AFIRMA QUE ACABAR COM O HAMAS É UMA OPÇÃO

A ministra de Justiça de Israel, Tzipi Livni, disse em entrevista a uma TV local que não descarta a derrubada do Hamas como uma possível consequência da operação militar terrestre do Exército israelense. Questionada se havia a possibilidade de destituir o Hamas do comando de Gaza, ela respondeu que essa opção “não foi tirada da mesa” e que Israel faria tudo para restaurar a segurança de sua população. Tzipi foi a única ministra do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que não apoiou imediatamente a operação terrestre, mas mudou de idéia após o Hamas rejeitar a proposta de cessar-fogo. “"Eu apóio totalmente esta operação", disse ela ao Canal 2, segundo o jornal The Times of Israel. Também nesta sexta-feira, Netanyahu disse que havia instruído os militares "para estarem prontos para a possibilidade de uma expansão significativa da operação terrestre". O primeiro-ministro de Israel ressaltou que ordenou a incursão após dez dias de bombardeios aéreos porque todos os outros meios para interromper o lançamento de foguetes a partir de Gaza tinham falhado. Segundo informou um comunicado do Exército israelense, desde que iniciou a operação terrestre, já foram destruídos 13 túneis utilizados pela milícia palestina para contrabandear armamentos. Um oficial militar ouvido pelo The Wall Street Journal disse que Israel não esperava uma batalha fácil com o Hamas. "Em cinco anos, o Hamas aprendeu as lições em conflitos conosco", disse o oficial. "Nós não estamos falando de um grupo terrorista desorganizado. Estamos falando de tropas treinadas, bem armadas e com capacidade de combate. A sensação é de que estamos diante de um Hamas que é mais avançado”, completou. Cerca de 280 palestinos morreram e mais de 2.000 ficaram feridos desde o início da ofensiva de Israel. Nesta sexta-feira, cinco palestinos morreram na Faixa de Gaza atingidos por disparos de tanques israelenses em incidentes separados, incluindo quatro crianças com idades entre dois e treze anos, de acordo com os serviços de socorro. Do lado israelense, um soldado e um civil morreram. O Hamas costuma ameaçar as pessoas que tentam fugir dos locais dos bombardeios justamente para tentar fazer com que as imagens de vítimas civis choquem o mundo. Em pelo menos uma dessas oportunidades, a Força Aérea israelense suspendeu um ataque depois que dezenas de civis subiram em um prédio que seria bombardeado. Os civis estavam sendo usados como escudos-humanos para proteger instalações do Hamas. De acordo com as Nações Unidas, o número de deslocados quase dobrou nas últimas 24 horas, chegando a 40.000 pessoas. A Faixa de Gaza é uma área de 362 quilômetros quadrados (menor que a Zona Sul de São Paulo ou do Rio de Janeiro) onde vivem 1,8 milhão de pessoas em meio à miséria, submetidas ao terror do Hamas.

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