quarta-feira, 23 de julho de 2014

NEM "REBELDES" NEM "SEPARATISTAS"; SÃO TERRORISTAS

Chegou a hora de a gente pôr os devidos pingos nos “is”. Às vezes, reproduzo trechos de textos de alguns veículos, com o link. Às vezes, a íntegra de reportagens da VEJA.com, onde se hospeda meu blog. Nesses casos, vocês ainda encontrarão, doravante, a palavra “rebeldes” para designar os separatistas do Leste da Ucrânia. Em textos de minha própria lavra, não mais: doravante, serão chamados por aquilo que são: terroristas. Já não restam dúvidas de que o avião da Malaysia Airlines foi derrubado pelos ditos-cujos. Ainda que a ação não tivesse sido deliberada — e eu mesmo hesitei em classificá-la de terrorista —, estaríamos diante de uma espantosa irresponsabilidade. Mas que se note: os sinais emitidos por aviões civis são distintos dos militares. Os que operavam o lançador de mísseis — o tal “Buk”, de fabricação russa — tinham como saber que se tratava de aeronave não militar. Mas vá lá… Se já se situavam, ali, no limiar do terror, os delinquentes o ultrapassaram quando impediram o livre acesso das autoridades ao local da tragédia, quando se colocaram como senhores dos corpos, quando procuraram omitir provas de suas ações criminosas. Só entregaram a caixa-preta do avião porque se criou um verdadeiro clamor internacional. Ninguém mais tem dúvida do papel que joga Vladimir Putin nessa história. Ele não se distingue hoje de um financiador do terror, a exemplo de outros que há no mundo. Já anexou a Crimeia — e isso, convenham, o mundo já tinha absorvido. Mas não parou por aí. O governo russo financia escancaradamente os delinquentes, mesmo depois de a Ucrânia ter realizado eleições livres e contar agora com um governo inequivocamente legítimo. Não são separatistas. Não são rebeldes. São terroristas armados por um Estado. A propósito: a imprensa democrata, e a nossa embarcou na onda, riu bastante de Mitt Romney, candidato republicano à Presidência em 2012, quando ele afirmou que a Rússia era “o inimigo geopolítico número um” dos Estados Unidos. Pois é… Por Reinaldo Azevedo

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