quarta-feira, 30 de julho de 2014

PETISTA GUIDO MANTEGA DIZ QUE "INSTITUIÇÃO RESPEITÁVEL NÃO FARIA AVALIAÇÃO COMO A DO FMI"

O ministro da Fazenda, o petista Guido Mantega, desqualificou nesta terça-feira, 29, o relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmando que o Brasil seria um dos países emergentes mais vulneráveis às mudanças da economia mundial. O ministro disse que em uma instituição financeira respeitável não há esse tipo de avaliação como a do FMI. Por mais de uma vez, Mantega disse não ter informação sobre "o escalão" dentro do FMI responsável pelo relatório. "O relatório é de uma equipe do FMI que não sei quem é. Não é o diretor para o Hemisfério Sul", afirmou. Mantega disse que o FMI comete o mesmo equívoco perpetuado por outros no passado, quando afirmaram que o Brasil enfrentaria uma tempestade perfeita ou estaria entre as cinco economias mais frágeis. Segundo o ministro, ninguém mais falou nesse assunto e nada aconteceu. Mantega destacou que, nos últimos seis meses, o câmbio teve uma baixa volatilidade e o real foi a moeda que mais se valorizou (9,4%) em relação a todas as moedas. "Portanto, se fortaleceu", disse. Ele ressaltou ainda o aumento das bolsas de valores de 21,5% nos últimos seis meses. Além disso, segundo ele, o Brasil teve, de janeiro a junho deste ano, uma conta financeira melhor que nos seis primeiros meses de 2013, quando já foi bom. Ele enfatizou também a entrada de investimento estrangeiro direto desde 2011. "Portanto, é um país atrativo", comentou. O ministro lembrou a emissão externa feita na semana passada pelo Tesouro Nacional do Global 2045, um título com 30 anos de vencimento e taxa de retorno de 5,13%: "São sinais de que o Brasil tem a confiança do mercado internacional e é sólido do ponto de vista cambial". O ministro sublinhou que o Brasil tem reservas internacionais altas, a quinta maior do mundo, o que deixa o País numa situação confortável. Ele citou ainda a pequena dívida externa de curto prazo que, segundo ele, é de apenas 7,6% de um total de US$ 330 bilhões.

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