sábado, 12 de julho de 2014

POLÍCIA CIVIL PRENDE SININHO E MAIS 18 VÂNDALOS DO RIO DE JANEIRO

Neste sábado, 19 pessoas que participaram das manifestações de rua no Rio de Janeiro foram presas sob a acusação de terem cometido atos de vandalismo. Entre elas está Elisa Quadros, conhecida como Sininho, detida na casa do namorado, em Porto Alegre, em uma ação combinada entre as polícias fluminense e gaúcha. Sininho negociou a compra de fogos de artifício que seriam usados em atos de vandalismo no Rio de Janeiro por meio de ligações telefônicas e mensagens de texto. A descoberta foi feita pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), que interceptou as ligações. Com esses vândalos, segundo a polícia, foram apreendidos explosivos, máscaras e armas de fogo. Sininho, presa em Porto Alegre, foi transferida sob escolta e algemada por avião para o Rio de Janeiro. Na véspera da abertura da Copa, dia 11 de junho, dez pessoas que são presenças constantes em protestos foram convocadas a depor e tiveram celulares e computadores apreendidos; entre elas, Sininho. A polícia cumpriu, então, 17 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 27ª Vara Criminal. Para este domingo estão marcados quatro protestos, um perto do Maracanã e três na Tijuca, bairros vizinhos ao do estádio. "A polícia impediu que provavelmente outro cinegrafista Santiago Andrade viesse a falecer", afirmou o delegado Alessandro Thiers, em referência ao protesto em que o cinegrafista foi atingido por um rojão lançado por black blocs: "Nesta operação, prendemos advogado, professor de filosofia, professor de história e estudantes. A maioria dos presos são black blocs. Essas pessoas são criminosas que se aproveitam de manifestações lícitas para praticar baderna". A investigação começou em setembro, de acordo com a delegada Renata Araújo, responsável pelo inquérito. Uma das ativistas monitoradas era Elisa Quadros, a Sininho. Com autorização judicial, a polícia acompanhou ligações telefônicas e mensagens de texto. Foi identificado que ela negociava a compra de fogos de artifício para serem utilizados em manifestações no Rio de Janeiro. O namorado de Sininho, Luiz Carlos Rendeiro Junior, conhecido como "Game Over", é um dos foragidos. A polícia encontrou um revólver no quarto de uma adolescente investigada. Ela morava apenas com a irmã, mas o pai alegou ser o dono da arma. A jovem vai responder por ato infracional equivalente ao porte ilegal de arma de fogo. O pai foi acusado de omissão de cautela, crime com previsão de até dois anos de detenção e multa. A menina dizia pertencer ao Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR). Os policiais também apreenderam litros de combustível, garrafas, armas de choque, escudos, martelos pontiagudos para quebrar vidros e máscaras de proteção contra gás lacrimogênio. Esse material é considerado prova de que os baderneiros pretendiam provocar incêndios e conflitos em manifestações. "O problema não é ter uma máscara de gás em casa, mas isso passa a ser uma evidência criminal a partir do momento que existe uma investigação com provas de que este investigado vai para manifestações para praticar atos violentos", afirmou a delegada Renata Araújo.

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