sábado, 19 de julho de 2014

SININHO INCITOU OS BLACK BLOCS A INCENDIAR A CÂMARA DO RIO DE JANEIRO, DIZ A PROMOTORIA

Na denúncia apresentada ao juiz Flávio Itabaiana em que foi obtida a prisão preventiva e a abertura de um processo penal por associação criminosa armada contra 23 ativistas e black blocs, o promotor Luís Otávio Figueira Lopes descreveu que Elisa Quadros, a Sininho, incitou manifestantes a incendiar o prédio da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, durante a ocupação do local por baderneiros no ano passado. O ato foi impedido por outros participantes do protesto. "Elisa foi vista comandando manifestantes no sentido de carregarem três galões de gasolina para a Câmara Municipal", diz a denúncia assinada por Lopes. A promotoria também afirma que Sininho foi uma das responsáveis, com outros seis líderes processados neste caso, por comandar e levar manifestantes a queimar um ônibus durante o Ocupa Câmara. Esses episódios foram destacados com o objetivo de explicar como funcionou a "associação criminosa" dos 23 ativistas denunciados com a conclusão do inquérito da operação Fire Wall. Do grupo de 23 pessoas formalmente acusadas neste processo, apenas cinco estavam presas na noite de sexta-feira: três desde o dia 12 (Elisa Quadros, Camila Jourdan e Igor D'Icarahy) e dois desde fevereiro (Fábio Raposo e Caio Silva). Outros 18 ativistas são considerados foragidos. Eles são acusados de participar da organização e realização de crimes durante protestos nos últimos meses e de planejar atos violentos para a final da Copa do Mundo no Brasil. Do grupo, cinco adultos ficaram presos temporariamente na última semana, pela justificativa de não atrapalhar a conclusão das investigações, mas não foram acusados na denúncia da promotoria por insuficiência de provas. Dois adolescentes conseguiram o direito de responder às acusações em liberdade. A polícia informou que encontrou nas casas de alguns dos ativistas diversos materiais com capacidade de provocar ferimentos ou até a morte. Foram apreendidos um revólver, uma bomba caseira, fogos de artifício, garrafas e gasolina. Outro caso mencionado pela promotoria é o da professora Camila Jourdan, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Ela e o namorado Igor D'Icarahy tinham mandado de prisão temporária por associação criminosa armada. Foram presos em flagrante no dia 12, pela posse de artefato explosivo, porque a polícia encontrou uma bomba caseira, com potencial letal, no apartamento onde estavam. Ainda de acordo com a denúncia, escutas telefônicas, feitas com autorização judicial, permitiram acompanhar a participação de Camila na elaboração de artefatos explosivos e na entrega desse material para black blocs. Já Igor D'Icarahy é acusado de participar de atos violentos e da organização das atividades do grupo, especialmente no transporte de material a ser utilizado em manifestações e no repasse de informações sobre a movimentação de policiais. Embora os 23 acusados respondam a um mesmo processo, eles estavam organizados em diferentes núcleos, detalha a denúncia. Durante as investigações, foram identificadas diversas organizações, "cujos objetivos declarados seriam lícitos - organização de protestos e difusão de idéias que contestam o status quo vigente - mas que conteriam indivíduos cuja atuação seria dirigida, de fato, para a prática de atos violentos e de confronto". Mesmo com a conclusão do inquérito e o início de um processo penal na 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro contra 23 envolvidos, o promotor destaca que as investigações devem permanecer, inclusive em relação às cinco pessoas que não foram denunciadas, e que outras pessoas podem ser posteriormente acusadas como participantes dos grupos denunciados. (Veja)

Um comentário:

Denise Figueiredo disse...

E O QUE FAZ ELA NA INGLATERRA EXILADA?