segunda-feira, 21 de julho de 2014

TERRORISTAS DOS BLACK BLOCS PEDEM ASILO NO CONSULADO DO URUGUAI NO RIO DE JANEIRO PARA FUGIR DA PRISÃO E DE PROCESSO NA JUSTIÇA

A decisão de conceder ou não asilo político à advogada Eloisa Samy e ao ativista David Paixão será tomada pela Embaixada do Uruguai, em Brasilia. Envolvidos na Operação Firewall, da Polícia Civil, eles procuraram nesta segunda-feira abrigo no Consulado-geral do Uruguai, no Rio de Janeiro. Investigados por associação criminosa, Eloisa Samy e mais 22 ativistas tiveram a prisão preventiva decretada na sexta-feira (18). Agentes da Polícia Civil estão nas proximidades do Consulado para prendê-los, caso deixem o prédio. Representando o autodenominado Coletivo de Advogados do Rio de Janeiro, Rodrigo Mondego esteve com os dois no consulado. Contou que Eloisa Samy acredita ser perseguida política e teme pela garantia de seus direitos no curso do processo. Quer se defender em liberdade. Para eles, o caso sofre influência política. "Ela está se abrigando no consulado tendo em vista que teve três direitos violados: direito humano à presunção de inocência, a julgamento justo e à liberdade", afirmou. "Observamos que o direito humano ao jugamento justo é deixado de lado frente a interesses de agentes do Estado de transformar as prisões em panfleto político e colocar medo em que se manifesta contra o governo estadual", criticou Mondego. O processo, com detalhes de atuação dos ativistas, corre em segredo de Justiça. Em vídeo gravado por militantes do grupo Mídia Ninja, dentro do consulado, a advogada, que tem especialização em Processo Penal, se defendeu das acusações. Afirmou não conhecer parte das pessoas denunciadas e disse que seu único crime é  a "atuação na defesa constitucional do direito de manifestação". Em 2013, ela defendeu manifestantes presos em protestos. Ativistas foram protestar na frente do consulado do Uruguai.

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