sábado, 9 de agosto de 2014

ALAVANCAGEM DA PETROBRAS SOBE PARA 40% NO SEGUNDO TRIMESTRE

A alavancagem líquida da Petrobrás, medida pela relação entre endividamento líquido e patrimônio líquido, fechou o segundo trimestre de 2014 em 40%, novamente acima do patamar de 35% desejado pela estatal. O indicador havia rompido a barreira de 35% no terceiro trimestre do ano passado, ao atingir 36%. No trimestre seguinte, o indicador voltou a subir e chegou a 39%, número mantido no primeiro trimestre deste ano. Embora o limite de 35% de alavancagem líquida fosse defendido pelo diretor Financeiro, Almir Barbassa, a companhia já incorporou o cenário de alavancagem acentuada em suas projeções. No plano estratégico divulgado em fevereiro passado, a Petrobrás destacou que a alavancagem terá trajetória decrescente, dentro do limite de 35%, somente a partir de 2015. No mesmo plano estratégico, a companhia informou que o indicador entre dívida líquida e Ebitda ajustado cairá abaixo do limite de até 2,5 vezes igualmente a partir de 2015. Por enquanto, contudo, esse indicador continua em níveis elevados. Após atingir o patamar de 4 vezes no primeiro trimestre, a alavancagem caiu para 3,94 vezes no segundo trimestre. O indicador de alavancagem líquida ganhou importância em 2010, ano em que a estatal realizou sua megacapitalização de mais R$ 120 bilhões. Na oportunidade, uma das razões para que a Petrobrás anunciasse a operação foi justamente a preocupação de que o indicador superasse 35% e colocasse em risco a condição de grau de investimento concedido pelas agências de classificação de risco. Concluída a operação, a alavancagem da estatal caiu de 34% no segundo trimestre para 16% no terceiro trimestre de 2010. Desde então, porém, o indicador manteve trajetória ascendente até o primeiro trimestre deste ano, quando parou de subir.

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