segunda-feira, 4 de agosto de 2014

CHEFE DA CEPAL AFIRMA QUE ECONOMIA DA ARGENTINA DEVE ENCOLHER EM 2014

A economia da Argentina muito provavelmente encolherá neste ano pela primeira vez em mais de uma década, pressionada por um consumo menor, inflação elevada e os efeitos do fracasso das negociações entre o governo e seus credores sobre a dívida, disse nesta segunda-feira a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena. A chefe da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), organismo dependente da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou que a Argentina tomou medidas, como elevar as taxas de juros e conter o agregado monetário, para desligar os "motores do consumo". Além disso, também há o menor dinamismo da sua indústria afetada pela queda da demanda do Brasil, um dos seus principais consumidores. A última vez que o Produto Interno Bruto (PIB) argentino caiu foi em 2002, quando recuou 10,9%, em meio a uma forte crise que levou a um calote bilionário. Analistas esperam que o PIB recue 1% neste ano. A Cepal já reduziu a sua estimativa de crescimento do PIB da Argentina para 0,2% em 2014, ante estimativa inicial de alta de 1%, mas "nossa projeção não é adequada. Nós a fizemos em julho. Realmente a situação hoje em dia é completamente diferente", disse Bárcena. "Nos acreditamos que o mais provável é que a Argentina tenha crescimento negativo em 2014", acrescentou. A Cepal projeta crescimento da América Latina no ano de 2,2%.

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