terça-feira, 26 de agosto de 2014

FICA DRAMÁTICO LOBBY PARA FORÇAR A PETROBRAS NA AJUDA AO GRUPO BRASKEM, QUE AMEAÇA FECHAR O PÓLO DE TRIUNFO

Aumentou muito nas últimas horas o lobby do grupo Braskem para forçar a Petrobrás a renovar em bases mais favoráveis o contrato de fornecimento de nafta para seus  pólos ´petroquímicos de SP, Bahia e RS. O contrato atual, que é um aditivo ao acerto encerrado em fevereiro, vencerá neste final de semana e se não for renovado, a falta do principal insumo de todos eles impedirá que prossigam suas operações. O contrato atual é de US$ 6 bilhões/ano. Ele poderá ser prorrogado novamente, para vencimento que ultrapasse as eleições. O que acontece é que a Petrobrás quer cobrar os preços que passou a pagar pela nafta importada que redireciona para a Braskem, mas o grupo baiano alega que a estatal somente começou a importar nafta depois que passou a usar o produto nacional para produzir gasolina, atendendo a maior demanda, decorrente em grande parte do represamento dos preços do combustível, já que o governo não admite qualquer aumento antes das eleições. No primeiro semestre, as compras externas de nafta cresceram 15,23%, somando US$ 2,5 bilhões. Isto significa que o contrato anual de US$ 6 bilhões poderia crescer pelo menos US$ 2 bilhões. No Rio Grande do Sul, a Braskem ameaça fechar o Pólo de Triunfo, o que causa temor e espanto ao governo estadual e também à Fiergs, levando ambos a apelar diretamente para a presidente Dilma Roussef. A carta ao lado é da Fiergs. Ela foi divulgada exatamente para pressionar o governo a assumir ele mesmo os prejuízos. A Abiquim prefere que a Petrobrás aumente o preço da gasolina, poupando a Braskem e punindo os consumidores em geral. No Rio Grande do Sul, governo e Fiergs não vão tão longe na transparência, mas o fato é que alguém terá que pagar a conta enfrentada pela Petrobrás. No caso de paralisação do Pólo de Triunfo, as resinas produzidas ali saem para 1,3 mil companhias industriais, que empregam 30,5 mil trabalhadores. O imbroglio também já afeta as intenções do grupo polonês Synthos, que quer investir R$ 380 milhões no RS, mas que precisa dos insumos de Triunfo. (Políbio Braga)

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