terça-feira, 19 de agosto de 2014

Luiz Moura, aquele…, com Dilma, Padilha e Suplicy. “Dize-me com quem anda…”

Então… Publiquei a foto de um cavalete em que o deputado estadual Luiz Moura (PT-SP), candidato à reeleição — aquele, vocês sabem, que participou de uma reunião com membros do PCC — aparecia fazendo dobradinha com Andrés Sanchez, amigão de Lula e ex-presidente do Corinthians (ah, meu Timão!!!). Agora um leitor me manda uma outra preciosidade. Vejam.

LuizMoura
Então… Uma das frases do tempo de eu ser menino, de que me lembro, repetida insistentemente por minha mão e meu pai lá perifa onde morei, era assim, com todos os erros gramaticais a que tinha direito, mas de sentido inequívoco: “Diz-me com quem anda e te direi quem és”. Eu gostava do “és” porque me parecia conferir gravidade à advertência. Sabe o leitor que, segundo a gramática, o certo é “Dize-me com quem andas, e te direi quem és”. O sentido é o mesmo. Pode não ser uma verdade absoluta, mas não é um despropósito.
Especialmente porque meus pais tentavam nos preservar, a mim e à minha irmã, das, digamos, “más influências”. Há mais de 40 anos, não se falava de cocaína ou crack entre os pobres, mas os, como é mesmo?, “maconheiros” já estavam por lá. Aí era questão de escolha: você poderia escolher não ter uma calça“liamericana” (Lee Americana) — falava-se assim, tudo junto, de supetão, ou ter. Como os pais e mães do lugar não tinham dinheiro para isso, ter a calça poderia implicar fazer alguns servicinhos. Fiquei do lado dos que escolheram não fazer. Pobres têm poder de escolha, já escrevi aqui umas quinhentas vezes, coisa que as esquerdas não reconhecem porque não conhecem os conhecem. Mas deixo isso pra lá agora.
Volto ao ponto. Ali está o “santinho” — ou “santão” — de Luiz Moura, com Dilma, Padilha e Suplicy. “Ah, ele imprimiu, e os outros nem sabem disso…” É mesmo, é? Até anteontem, eram todos aliados, e o partido conheciam muito bem as afinidades de Moura. Como o eleitorado as ignorava, o partido não viu nenhum mal naquilo…
“Diz-me com quem anda, e te direi quem és”, repetiam o Rubão e a Aparecida. Erravam na gramática, mas acertavam na orientação moral. Gramática, os petistas aprenderam… Por Reinaldo Azevedo

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