quarta-feira, 20 de agosto de 2014

PEDRO SIMON RECUSA CONCORRER AO SENADO, ALEGANDO IMPEDIMENTO POR SEU MÉDICO CARDIOLOGISTA FERNANDO LUCCHESE, E JOGA O PMDB GAÚCHO NO PRECIPÍCIO

O senador Pedro Simon, eterno chefão do PMDB do Rio Grande do Sul, disse na tarde desta quarta-feira que não concorre à reeleição para o Senado Federal, substituindo Beto Albuquerque (PSB) na chapa encabeçada por José Ivo Sartori, porque não tem a concordância de seu médico cardiologista, Fernando Lucchese. O médico foi ouvido e confirmou, dizendo que Pedro Simon até poderia cumprir um novo mandato de senador, porém não reuniria condições para se envolver em uma desgastante campanha eleitoral. Isso é típico de Pedro Simon. Ou seja, ele dá indicativo de que aceitaria ser ungido pelos gaúchos como um candidato único, sem necessidade de fazer campanha. Rigorosamente, quase toda sua carreira política foi construída assim, tecendo os fios para não ter adversários. Mas, se Pedro Simon tinha obstáculos de saúde para fazer uma campanha de reeleição, que certamente não surgiram agora, então por que ele colocou as maiores barreiras para a candidatura do ex-governador Germano Rigotto? Agora as coisas ficam claras. Ele não queria de jeito nenhum a candidatura de Germano Rigotto. Ele surrupiou do partido no Rio Grande do Sul até o último momento a sua verdadeira situação de saúde, tudo isso apenas para joquear e terminar colocando o PMDB no Estado como caudatário de uma candidatura nacional do PSB. Agora, Germano Rigotto não aceitar concorrer, e escancara a sua crítica, chamando de "equivocada" a condução de Pedro Simon no processo. Rigotto está sendo bem educado, porque a palavra correta seria "desastrosa". No fim de sua vida, Pedro Simon liquida o PMDB, que ele ajudou a criar e do qual foi o poderoro chefão durante décadas no Rio Grande do Sul. Ele não deixa pedra sobre pedra. É o seu legado. Rigotto aponta o "erro" de Simon. Só que não foi um "erro", foi jogada deliberada. E catastrófica.

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