terça-feira, 26 de agosto de 2014

QUEM CONHECE AVIAÇÃO FAZ AS CONTAS DO CUSTO DO AVIÃO SEM DONO DO PSB

Gonçalo Osório, leitor do blog, que conhece aviação, faz as contas do custo do avião sem dono do PSB. Leiam:

“Para sua informação: esse avião, quando voava para a área de São Paulo, ficava “hangarado” no Japi Aeronaves, no aeroporto de Jundiaí. O aluguel mensal de espaço para um avião desse porte, nesse aeroporto, é de cerca de 15 mil por mês, mas talvez só pagasse fração. Quando pousava em Congonhas e outros aeroportos maiores, como Pampulha, Brasília, Recife, Santos Dumont etc, esse avião era servido pela Líder, que presta serviços como coordenação de abastecimento, plano de voo, catering, reboque etc (conhecido pela sigla, em inglês, FBO: Forward Based Operator). O “atendimento” de aeronaves pequenas pela Líder custa, no mínimo, R$ 500 por vez. Para um jato executivo midsize, como o Excel, calcula-se o triplo pelo menos, dependendo do contrato com a Líder.
Os sites especializados americanos dão o custo/hora de um avião como aquele na base dos US$ 1.500 — o que é muito mais barato do que no Brasil, considerando-se ainda tripulação, hangaragem, seguro (que a Andrade pagou, mas só o obrigatório…) e o combustível, que, lá, é mais barato que aqui.
No Brasil, um avião como aquele que conduzia Eduardo Campos deve voar por uns US$ 3 mil a US$ 4 mil a hora, no mínimo. O normal é uma campanha voar umas 40 horas por mês (é bastante). Continha simples, por baixo: o custo desse avião é da ordem de US$ 120 mil por mês, mais a parcela do leasing, que era, se não me falha a memória (li em algum lugar), em torno dos US$ 70 mil mensais. Pode-se assumir uns US$ 200 mil dólares por mês de campanha. Resta a pergunta: com que caixa? O um ou o dois?” Por Reinaldo Azevedo

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