segunda-feira, 11 de agosto de 2014

TAXA DE JUROS ATINGE O MAIOR NÍVEL EM DOIS ANOS NO BRASIL

A taxa de juros cobrada na concessão de crédito para pessoas e empresas no Brasil subiu pelo décimo quarto mês consecutivo em julho, diante do receio das instituições financeiras com o cenário de inflação alta e baixo crescimento econômico, informou nesta segunda-feira a associação de executivos de finanças (Anefac). Segundo a pesquisa, das seis linhas de crédito consideradas para pessoas físicas, em três as taxas subiram (comércio, financiamento de automóveis e cheque especial), em duas a taxa se manteve (cartão de crédito rotativo e empréstimo pessoal) e em uma houve queda (empréstimo pessoal das financeiras). A taxa média para pessoa física subiu 0,02 ponto porcentual em julho (0,46 ponto porcentual no ano), passando de 6,03% ao mês (101,9% ao ano) em junho para 6,05% ao mês (102,36% ao ano) em julho, maior nível desde julho de 2012. Já a taxa média para empresas avançou 0,01 ponto porcentual em julho (0,17 ponto porcentual em doze meses), evoluindo de 3,44% ao mês (50,06% ao ano) em junho para 3,45% ao mês (50,23% ao ano) em julho, pico em 24 meses. "As elevações podem ser atribuídas à piora do cenário econômico nacional com expectativa de piora nos índices de inflação e crescimento econômico o que aumenta o risco de crédito", disse em nota o diretor executivo de Pesquisa e Estudos Econômicos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira. De acordo com a associação, as perspectivas ruins para a economia têm levado as instituições financeiras a elevarem suas taxas de juros acima da Selic. Não à toa, o comércio tem sofrido solavancos. Segundo levantamento feito pelo Estado de S. Paulo, com base em dados do Caged, o comércio eliminou 83 mil vagas este ano. Também nesta segunda-feira foi divulgado relatório sobre as vendas do varejo no último fim de semana. Resultado: o pior Dia dos Pais em cinco anos.

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