quinta-feira, 21 de agosto de 2014

TERRORISTAS EXIGIRAM US$ 132 MILHÕES PARA LIBERTAR JORNALISTA DECAPITADO

No vídeo que mostra a decapitação do jornalista americano James Foley, um terrorista afirma que a execução é uma retaliação aos ataques aéreos do Exército americano contra o Estado Islâmico. Na verdade, até recentemente, o que os selvagens facínoras queriam mesmo era dinheiro. O grupo exigia o pagamento de 132,5 milhões de dólares (quase 300 milhões de reais) para libertar Foley. A informação tem como fonte familiares do jornalista, ex-reféns dos terroristas e também representantes de uma empresa para a qual o americano prestava serviços. Os Estados Unidos — ao contrário de vários países europeus que já destinaram milhões ao terror, por meio de resgates pagos — recusou-se a pagar, informou o jornal The New York Times. Em reportagem publicada no final de julho, o The New York Times afirmou que governos europeus, mesmo negando oficialmente o pagamento de resgates, destinaram pelo menos 125 milhões de dólares (282 milhões de reais) para a libertação de reféns desde 2008, sendo que 66 milhões de dólares (149 milhões de reais) haviam sido entregues a grupos terroristas apenas em 2013. O texto destaca que o sequestro de cidadãos europeus tornou-se uma das principais fontes de recursos para a Al Qaeda e seus afiliados. O Estado Islâmico também usa o sequestro de cidadãos como arma para conseguir grandes quantias de dinheiro, apresentando um problema para o governo Barack Obama, uma vez que Foley não era o único americano mantido pelos terroristas. Pelo menos mais três estão com sua vida ameaçada. Um deles, o também jornalista Steven Sotloff, foi apresentado no mesmo vídeo em que Foley é executado como uma possível próxima vítima da brutalidade do EI. “A vida deste cidadão americano, Obama, depende de sua próxima decisão”, diz o carrasco. O grupo mantém ainda cidadãos da Grã-Bretanha, que, assim como os Estados Unidos, nega-se a pagar resgates. Além de dinheiro, os terroristas pedem a troca de reféns por prisioneiros, incluindo Aafia Siddiqui, um neurocientista paquistanês treinado no MIT que tem ligações com a Al Qaeda e atualmente está preso no Texas, informou o jornal americano.

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