segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A PETISTA DILMA DIZ NÃO SE INCOMODAR COM O "VOLTA, LULA"

A presidente petista Dilma Rousseff (PT) disse nesta segunda-feira não se incomodar com o movimento "volta, Lula", que pede que o ex-presidente se candidate em seu lugar este ano. "Todo mundo que apostou em algum conflito entre eu e o Lula errou. Tenho com o Lula uma relação fortíssima, pessoal", afirmou: "Eu apoiarei o Lula em qualquer circunstância. O que ele quiser fazer, eu apoiarei. Estarei com ele em todas as circunstâncias, não só em 2018". Sobre a reforma política, Dilma acrescentou que, "se for acabar com a reeleição, tem de dar mandato de 5 anos". A presidente argumentou que a população quer melhorias na representatividade e nas formas pelas quais campanhas são financiadas: "Só tem um jeito de fazer a transformação, se a população der poder para uma das posições". Ela afirmou também que pretende convocar um plebiscito sobre a reforma política em um eventual segundo mandato e disse ser contra a coincidência de todas as eleições. A petista afirmou que pretendia convocar o plebiscito já nos primeiros quatro anos de governo, mas houve "contestação política". Em relação a atrasos nas obras do governo federal, como é o caso da transposição do rio São Francisco, Dilma afirmou que "só não atrasa obra de engenharia quem não faz" e justificou que a transposição exige diversas obras espalhadas por vários Estados para ser potencializada. Ela ressaltou ainda que, se o governo tivesse a experiência que tem hoje, a obra do São Francisco levaria cinco anos. Dilma também defendeu a propaganda eleitoral de sua campanha que comparou a candidata Marina Silva (PSB) aos ex-presidentes Fernando Collor e Jânio Quadros. Questionada se ela acreditava que Marina também não iria completar um mandato se eleita, a exemplo dos dois ex-presidentes, Dilma explicou que seu programa "não fez uma comparação pessoal". "Eu acho a Marina uma pessoa bem intencionada. Não estou fazendo uma comparação pessoal. O que eu fiz de comparação com o Jânio e o Collor é que ambos governaram sem apoio", explicou, durante a série Entrevistas Estadão.

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