sábado, 13 de setembro de 2014

Célula da Al-Qaeda na Síria alarma autoridades dos Estados Unidos

Embora o grupo terrorista Estado Islâmico esteja recebendo a maior parte das atenções agora, outro grupo de extremistas na Síria - que reúne jihardistas do Afeganistão, Iêmen, Síria e Europa - representa uma ameaça mais direta e iminente aos Estados Unidos, afirmaram autoridades norte-americanas. Segundo elas, esse grupo trabalha com fabricantes de bombas do Iêmen para atacar a aviação dos Estados Unidos. No centro está uma célula conhecida como grupo Khorasan, formada por veteranos combatentes da Al-Qaeda do Afeganistão e do Paquistão, que viajaram para a Síria para se juntarem à Frente Nusra, braço da Al-Qaeda no país. Mas os militantes Khorasan não foram para a Síria para combater o governo do presidente Bashar Assad, disseram as autoridades dos Estados Unidos. Em vez disso, eles foram enviados pelo líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri para recrutar europeus e americanos, que conseguem embarcar em aviões de passageiros com destino os Estados Unidos e são sujeitos a um escrutínio menor dos oficiais de segurança. Além disso, de acordo com a inteligência dos Estados Unidos, os militantes Khorasan trabalham com fabricantes de bombas do braço da Al-Qaeda no Iêmen a fim de testar novas maneiras de passar explosivos pela segurança aeroportuária. O temor é o de que os militantes Khorasan forneçam esses explosivos sofisticados para seus recrutas no Ocidente, que possuem passaportes que os permite embarcar em vôos para os Estados Unidos. O governo americano disse que o grupo Estado Islâmico, o alvo de mais de 150 ataques aéreos nas últimas semanas, não impõe uma ameaça iminente ao país. O grupo Khorasan, que não tem sido alvo da ação militar norte-americana, é considerado uma ameaça mais imediata. Devido à descoberta sobre a colaboração entre o grupo Khorasan e os fabricantes de bomba da Al-Qaeda no Iêmen e extremistas do Ocidente, as autoridades dos Estados Unidos disseram que a Administração de Segurança do Transporte decidiu em julho proibir telefones celulares descarregados e laptops nos vôos para os Estados Unidos que partem da Europa e do Oriente Médio. A conspiração do grupo Khorasan com o braço da Al-Qaeda no Iêmen mostra que, apesar dos danos que os anos de ataques com mísseis teleguiados causaram à liderança do núcleo da Al-Qaeda no Paquistão, o movimento ainda pode ameaçar o Ocidente. O grupo foi renovado no ano passado, à medida que as ramificações da Al-Qaeda cresceram em força e número, reforçado por um fluxo enorme de extremistas ocidentais para um novo porto seguro terrorista criado pela guerra civil na Síria. O braço da Al-Qaeda no Iêmen, a Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP), foi capaz de colocar três bombas em aviões que tinham como destino os Estados Unidos, embora nenhuma dessas tentativas tenha conseguido derrubar a aeronave.

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