terça-feira, 2 de setembro de 2014

JOSÉ SERRA CONTINUA LIDERANÇA CORRIDA PELO SENADO EM SÃO PAULO

Na disputa pela cadeira paulista no Senado, Eduardo Suplicy (PT) cresceu de 24% para 28% em uma semana e se aproximou de José Serra (PSDB), que permaneceu com 33%. O tucano ainda lidera isolado porque a margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e a diferença entre eles é de 5 pontos. Suplicy vem em uma tendência ascendente, enquanto Serra não cresceu, apesar de ter começado a aparecer no horário eleitoral. Gilberto Kassab (PSD) oscilou de 7% para 8%. Há ainda 15% de eleitores indecisos e 10% de brancos e nulos. Os demais candidatos ao Senado somam 6%. Isso significa que a corrida pelo Senado só deve ser decidida na reta final da campanha. Não apenas porque a distância entre os favoritos é pequena, mas porque há muito espaço para conversão de eleitores. Suplicy tem um perfil de eleitorado diferente dos outros candidatos petistas. Ele vai melhor entre os de renda e escolaridade mais altas: empata com Serra no eleitorado de nível superior, e supera o tucano entre quem ganha mais de 5 salários mínimos. Serra abre vantagem entre os mais pobres e menos escolarizados – um eleitorado onde Dilma Rousseff vai melhor. À medida que se torna mais associado a Dilma e a Lula através da propaganda eleitoral, Suplicy tende a crescer nesse segmento. Hoje, só 46% dos eleitores de Dilma em São Paulo votam nele, enquanto outros 29% declaram voto no candidato a senador do PSDB. É um segmento onde o petista, teoricamente, pode crescer. Ele vem crescendo nos que ganham até 2 salários mínimos: 18%, para 21% e 25%. Mas a recíproca também é verdadeira. Apenas metade dos eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB) declara voto em Serra para senador. Nada menos do que 23% dos alckmistas dizem que vão votar em Suplicy. Se o governador intensificar a campanha ao lado do correligionário tucano, Serra pode tomar votos do petista nesse segmento. Ou seja, tanto Serra quanto Suplicy dependem do apoio explícito e intensivo de seus colegas de partido para aumentarem suas chances na disputa.

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