segunda-feira, 8 de setembro de 2014

MANIFESTO DE ECONOMISTAS CRITICA PROCESSO DO BANCO CENTRAL CONTRA SCHWARTSMAN

Na noite desta segunda-feira, mais de 40 economistas já haviam assinado uma petição on-line em favor de Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, que foi alvo de uma queixa-crime movida pela autoridade monetária. Reportagem de VEJA revelou como a instituição se movimentou para tentar punir judicialmente o economista depois que ele desferiu críticas contra a condução da política monetária em entrevistas à imprensa. "A intolerância com a divergência e com a crítica ácida e o recurso da máquina pública para suprimir o contraditório (...) configuram uma prática incompatível com os valores que uma democracia deve ter e cultivar", relata o manifesto. Entre os economistas que assinaram a petição há nomes graduados, como Claudio Haddad, Marcos Lisboa, Elena Landau, Luiz Fernando Figueiredo, Gustavo Franco, José Roberto Mendonça de Barros e José Roberto Afonso. Também assinaram seis representantes de equipes econômicas de presidenciáveis: André Lara Resende, Eduardo Giannetti da Fonseca e Alexandre Rands, que estão com Marina Silva (PSB); e Armínio Fraga, Mansueto de Almeida e Samuel Pessôa, do grupo de Aécio Neves (PSDB). Em uma entrevista, ao Correio Braziliense, Schwartsman declarou que “o Banco Central faz um trabalho porco e, com isso, a incerteza aumentou”. Segundo o procurador-geral do Banco Central, Isaac Sidney Ferreira, os comentários eram ofensivos à imagem da instituição. Contudo, a juíza federal Adriana Delboni Taricco rejeitou a queixa-crime. Na sua avaliação, as críticas “de fato se mostraram bastante contundentes, porém faz-se necessário salientar que não ultrapassaram os limites do mero exercício de sua liberdade de expressão”.

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