segunda-feira, 8 de setembro de 2014

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL ACUSA MILÍCIAS ISLÂMICAS POR CRIMES DE GUERRA NA LÍBIA

A organização internacional Human Rights Watch acusou milícias islâmicas na Líbia de cometerem crimes de guerra durante uma batalha no último mês por controle do aeroporto da capital, Trípoli. As cinco semanas de luta, junto com um conflito paralelo entre terroristas islâmicos na segunda maior cidade do país, Benghazi, tirou cerca de 100 mil libios de suas casas e levou 150 mil estrangeiros a deixarem o país. Os conflitos na última semana foram os mais violentos na Líbia desde a guerra civil de 2011 que destituiu Muamar Kadafi. A batalha pelo aeroporto de Trípoli colocou milícias da cidade costeira de Misrata, aliadas aos islamistas libaneses, contra milicianos da cidade de Zintan. Milícias de Misrata ocuparam o aeroporto e tomaram o controle de boa parte da capital. A Human Rights Watch disse em relatório publicado nesta segunda-feira que ambos os lados cometeram graves violações durante o episódio, incluindo atacar civis, realizar bombardeios e destruição indiscriminados, saques e queima de propriedades. Depois das batalhas, milicianos cometeram outras violações, realizando represálias contra civis que apoiavam seus rivais, disse a organização. As milícias de Misrata atacaram uma estação de TV e jornalistas vistos como simpatizantes de seus oponentes, assim como um campo de residentes desalojados em uma cidade vizinha a Misrata que os milicianos acusam de apoiar Kadafi. As milícias de Misrata também atacaram pelo menos 80 famílias de Zintan que moravam em Trípoli.

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