domingo, 21 de setembro de 2014

Senador petista culpa o partido em novo caso de corrupção

O senador Walter Pinheiro  sempre se orgulhou de estar do lado certo nas disputas políticas. Quando o PT mergulhou no mar de lama do Mensalão, ele foi uma das poucas vozes petistas a falar contra a prática, batendo de frente inclusive com a cúpula mensaleira e seu próprio partido. Na edição desta semande VEJA, porém, o senador aparece no lado oposto do enredo. Dalva Sele, a presidente do Instituto Brasil, uma ONG criada por petistas para desviar recursos públicos, disse que parte da campanha dele foi financiada com dinheiro roubado dos pobres – recursos do Fundo de Combate à Pobreza que deveriam ter sido usados para construir casas para a população carente da Bahia. Segundo Dalva, a campanha de Walter Pinheiro à prefeitura de Salvador, em 2008, foi bancada com o dinheiro sujo. Os móveis do comitê, as refeições dos cabos eleitorais, os carros de som, faixas, panfletos e o aluguel de uma Parati que transportava o candidato – tudo foi pago pelo Instituto. Atual vice-líder do PT no Senado, Pinheiro nega as acusações, diz que foi enganado e culpa seu partido, o PT, pelo escândalo. A presidente do Instituto disse que a mulher de Pinheiro era quem buscava o dinheiro durante a campanha. Em entrevista a VEJA, ao reconhecer a montagem do esquema, ele condenou o próprio partido por tê-lo atirado num clássico esquema de caixa dois eleitoral: “Essa mulher (Dalva) pertencia às correntes do PT, as mesmas correntes que nacionalmente viviam se estapeando comigo por causa do negócio do Mensalão. Ela não veio para a minha campanha pelas minhas mãos, ela veio a partir das relações delas dentro do PT".

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