quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Aécio Neves diz que aceita sugestões para programa de governo, mas não abdica do que acredita

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou nesta quinta-feira, 9, que seu programa de governo é "uma obra em permanente construção", mas disse que não pode abdicar do que acredita, ao ser questionado se faria concessões em troca do apoio da terceira colocada no primeiro turno, Marina Silva (PSB). "Todas as sugestões que puderem aprimorar o nosso programa serão muito bem-vindas. Quando se busca um apoio no segundo turno, ele não pode nos levar também a abdicar daquilo que acreditamos que seja essencial para o País", disse o tucano a jornalistas nesta quinta-feira no Rio de Janeiro. Emissários de Marina Silva vão entregar à campanha de Aécio Neves nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, um documento em que a ex-candidata condiciona o seu posicionamento individual ao tucano no segundo turno a uma lista de compromissos. A posição de Marina Silva pode, inclusive, divergir da postura adotada pela Rede Sustentabilidade, partido que ela tentou criar no ano passado, que se posicionou de modo “absolutamente consensual” contra a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição e enfrenta Aécio Neves no segundo turno, e “a favor das mudanças que o Brasil precisa realizar”. O tucano reiterou que vê mais semelhanças do que diferenças entre as propostas de Marina Silva e as do PSDB. "Há muito mais convergência entre aquilo que tenho ouvido e lido em relação a propostas não oficiais ainda da candidata Marina Silva, de pessoas de seu círculo, muito mais afinidades do que divergências, mas não recebi ainda essas propostas", disse o tucano. Aécio Neves insistiu que qualquer sugestão programática deve ser no sentido de aprimorar o programa de governo dos tucanos: "Se formos buscar reconstruir um projeto desde o início, nós não estamos fazendo uma aliança. A aliança tem que acontecer em torno do essencial, e o essencial hoje é a mudança". "Estou extremamente feliz e honrado com apoios que recebi até aqui... Eu não sou mais o candidato do PSDB ou da nossa aliança inicial, eu sou o candidato da força da mudança, da força que quer encerrar esse ciclo perverso", disse ele, referindo-se ao atual governo.

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