domingo, 12 de outubro de 2014

Aécio Neves e os 17,6 pontos à frente de Dilma em uma pesquisa

Leitores aos montes me perguntam se acredito no resultado da pesquisa IstoÉ/Sensus que aponta o tucano Aécio Neves com quase 18 pontos de vantagem sobre a petista Dilma Rousseff. A minha resposta: eu acredito — e já afirmei isto quando saiu a pesquisa do Instituto Paraná — que ele esteja na frente. E acho que por mais do que os dois pontos apontados pelo ibope e pelo Datafolha. Se o Sensus está certo ou não, bem, isso eu não sei. Estamos todos ressabiados depois dos erros grotescos — e sem explicação — cometidos por essas empresas no primeiro turno. Que a onda pró-Aécio é crescente, isso é perceptível.

Segundo o Sensus, Aécio obtém 52,4% dos votos totais e Dilma, 36,7%. Os indecisos são 11%. Em votos válidos, a disputa está 58,8% a 41,2% para ele, com uma diferença de 17,6 pontos percentuais. O Sensus ouviu 2000 pessoas entre os dias 7 e 10 de outubro, e a margem de erro é de 2,2 pontos para mais ou para menos.
Será isso mesmo? O Brasil é muito grande. É sabido, no entanto, que o candidato tucano conseguiu abrir algumas trincheiras importantes no Nordeste. Mais: seu programa no horário eleitoral gratuito é muito superior ao da petista (tratarei do assunto em outro post). O PT e Dilma estão se enrolando nas tramoias havidas na Petrobras. Não conseguiram elaborar uma explicação convincente. A virulência contra o tucano no horário eleitoral também não ajuda. Há o risco de provocar o efeito contrário ao pretendido. Os testemunhos de Paulo Roberto Costa e de Alberto Youssef são, como posso dizer?, acachapantes. Raramente a gente ouviu a confissão de um crime com tantos detalhes. Durante as três gestões petistas, uma quadrilha se apoderou da estatal. Não resta dúvida a respeito.
Há outros dados que, a serem verdadeiros, demonstram o desastre que o assalto à maior estatal brasileira promove na candidatura de Dilma: a sua rejeição teria saltado para 46,3% contra 29,2% do adversário. Hoje, o tucano venceria em todas as regiões, exceção feita ao Nordeste, e em todas as classes sociais. Por Reinaldo Azevedo

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