quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Conselheiro do Tribunal de Contas de Minas Gerais desmente fala de Dilma

O conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, Sylo Costa, rebateu nesta quarta-feira as declarações da petista Dilma Rousseff (PT), de que ele teria dito que vacinas para cavalo foram contabilizadas como despesa de saúde durante a gestão de Aécio Neves (PSDB) como governador de Minas Gerais. "Quase caí da poltrona durante o debate do último domingo, quando ouvi dona Dilma, com ar triunfal, declarar que eu teria dito, na qualidade de relator das contas do então governador Aécio Neves, que vacina para cavalo foi contabilizada como despesa de saúde. O que ela pretendeu fazer - como de hábito, aliás - foi manipular os fatos, numa tentativa de atacar seu adversário", afirmou Costa, em artigo publicado nesta quarta-feira pelo jornal mineiro O Tempo. Costa disse como relator na época, orientado por sua assessoria, que mandou retirar da conta da Secretaria de Saúde uma fatura de compra de vacinas sem especificação e lançá-la na conta da Secretaria de Agricultura, "erro material que não afetava o cumprimento do índice constitucional da saúde", disse. "Tanto que me posicionei pela aprovação das contas", argumenta. "O parecer prévio sobre as contas do governador foi aprovado por unanimidade. Posteriormente, recebi da Secretaria de Agricultura a informação de que a compra das vacinas era mesmo para a saúde, já que se tratava de vacinas contra aftosa para experimentos da Fundação Ezequiel Dias", diz trecho do texto. Em seu artigo, intitulado como "explicação necessária sobre o óbvio", Costa afirma ainda que "quanto à existência de ressalvas - as quais, diga-se, sempre se referem à presença de erros materiais, que, constatados a tempo e a hora, podem ser corrigidos -, isso é mais que comum numa prestação de contas com mais de 40 mil itens". Foi esse pequeno erro material que Dona Dilma citou como se fosse um assunto tão grave como os assaltos do seu governo na Petrobras e em quase tudo o que o governo federal mete o nariz", afirma. Dizendo-se apartidário, no artigo, o então relator declara seu voto no tucano. "O Brasil vai ter que trabalhar uns 20 anos para pagar a conta desses governos do PT. Mas, no domingo, milhões de tucanos ou apartidários como eu estarão enchendo as urnas para o bem do Brasil", finaliza.

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