sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Deputado catarinense João Pizzolatti é citado em denúncias da Petrobras

Indicado pelo PP para a vaga de direção na Petrobras, o ex-diretor Paulo Roberto Costa, no seu depoimento à Justiça Federal, afirma que todos os contratos com dez grandes empresas, acusadas de integrar um cartel, eram superfaturados em 3% para "ajuste político". Deste valor, 1% seria para o Partido Progressista. E, do total recebido ilegalmente, R$ 5,5 milhões teriam ido para o deputado federal João Alberto Pizzolatti Júnior. O nome dele consta é uma agenda do ex-diretor que detalha o pagamento de R$ 28,5 milhões para sete políticos do PP. Pizzolatti é vice-presidente da executiva nacional da legenda. "Quando começou a ter projetos de construção, principalmente para a área de qualidade de gasolina e diesel, começaram em todas as refinarias grandes obras com esse intuito, me foi colocado lá pelas empresas e também pelo partido que, dessa média de 3%, o que fosse diretoria de abastecimento, 1% seria repassado para o PP e os 2% restantes ficariam para o PT. Isso foi me dito com toda clareza", depõs o ex-diretor em sua delação premiada. Esse taxa de "ajuste político", nas próprias palavras de Paulo Roberto Costa, seria cobrada em todos os contratos das empresas que integravam o cartel, composto por 10 grandes empresas que negociam com a Petrobras. O percentual seria cobrado até nos aditivos contratuais de empreendimentos já em andamento. Mas o diretor também tinha a sua fatia. "Do 1% do PP, 60% iam para o partido e 20% para despesas. Dos outros 20%, 70% vinham para mim e 30% ficavam com Janene e depois com Youssef", explica, na gravação, Paulo Roberto Costa.

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