quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Ex-diretor da Petrobras chama delator de "dedo-duro", isso é uma tradição no PT, Romeu Tuma Jr. diz que Lula era um alcaguete do Dops paulista na ditadura militar

Ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras, Renato Duque informou que vai acionar na Justiça, por crime contra a honra, contra o ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, por apontá-lo como beneficiário de propina em esquema de corrupção na estatal. Segundo ele, uma ação será ajuizada ainda nessa sexta-feira, 10, pois o delator o acusou "falsamente, e sem apresentar provas", de participar de um esquema ilícito envolvendo empreiteiras. "Se ele (Paulo Roberto) falou alguma coisa no meu nome, vai ser processado. Não quero saber se ele tem tornozeleira, se ele é dedo-duro, não importa. Ele vai ser processado e vai ter de responder ao que está falando", declarou, acrescentando: "Tenho minha consciência tranquila, sei o que fiz e o que não fiz". Em depoimento à Justiça Federal, após firmar acordo de delação premiada para obter redução de pena, Paulo Roberto afirmou que Duque recebia "valores" de fornecedores da Petrobras. Segundo ele, empreiteiras pagavam o equivalente 3% do valor dos contratos ao PT. O esquema teria participação do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. Questionado, o delator disse que Duque era um dos dirigentes que recebiam recursos ilegais. "Dentro da Área de Serviços, tinha o diretor petita Renato Duque, que foi indicado pelo ministro da Casa Civil, José Dirceu. E ele tinha essa ligação com o João Vaccari dentro desse processo do PT", afirmou. Paulo Roberto apontou também o ex-diretor Internacional, Néstor Cerveró, como um dos beneficiados. A tradição de delação no PT é grande. A começar pelo seu chefe maior, Lula, apontado como alcaguete do Dops paulista durante a ditadura militar por Romeu Tuma Jr.

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