terça-feira, 21 de outubro de 2014

Helôôô!!! Estatais brasileiras chegaram à era do socialismo “socialite”, gente!

É do balacobaco. A Folha informou na edição de hoje que o Banco do Brasil concedeu um empréstimo de R$ 2,7 milhões a Val Marchiori, a socialite de profissão desconhecida. Ela se tornou uma celebridade com o programa “Mulheres Ricas”, embora sua única fonte de renda conhecida seja a pensão paga aos filhos pelo pai das crianças, que não é bem seu marido. Esse dinheiro pertence a uma linha de crédito subsidiada pelo BNDES. Como diria Val, “Helôôô! As socialites também têm direito ao socialismo petista. Vamos lá. Valdirene, ou Val por apócope, não poderia ter obtido o empréstimo porque:
1: não paga empréstimo anterior e já estava devendo ao banco;
2: não tem fonte de renda;
3: a empresa pela qual Val tomou o empréstimo, uma tal “Torke Empreendimentos”, apresentou como comprovação da receita a pensão alimentícia dos seus filhos;
4: a Torke pegou o dinheiro para investir na área de transportes — compra de caminhões, embora não tivesse experiência nenhuma na área.
Ah, ocorre que, no Banco do Brasil, existe um troço chamado “operação customizada”. Por intermédio dela, o banco dá crédito a quem quiser, como quiser, na hora em que quiser. As irregularidades pararam por aí? Não! A Torke tomou o empréstimo e, imediatamente, sublocou os caminhões para a Veloz Empreendimentos, que é do irmão da apresentadora, Adelino Marchiori. Ocorre que uma cláusula da linha Finame/BNDES, de onde saíram os recursos, impede cessão ou transferência dos direitos e obrigações do crédito sem a autorização do BNDES. Mas por que Val conseguiu o empréstimo com tanta desenvoltura? É que ela é amiga pessoal de Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil. Ela já esteve com ele em duas missões oficiais do banco, uma na Argentina e outra no Rio de Janeiro. Por que Val participa de uma ação oficial do BB? Vai ver é por causa de seu lado empreendedor. A coisa toda parece jocosa, apesar da dinheirama? Parece! Mas é reveladora da forma como se usam os bancos públicos no Brasil. Se Aécio Neves ganhar a eleição, tarefa inadiável é fazer uma auditoria rigorosa nos bancos públicos. De resto, eis aí: chegamos à era do socialismo socialite. O Brasil está na lama. Mas com muito glamour. Por Reinaldo Azevedo

2 comentários:

Cristiano disse...

Havia projeto? O empréstimo foi quitado com juros devidos? Então isso é nada se comparada à roubalheira da Petrobras para financiar a Ndrangheta através do doleiro da Dilma.

A Ndrangheta financia as armas pro Hamas e quem sabe para o ISIS que mata católicos.

Unknown disse...

“Por ter sido educador de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar
com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo
caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de
ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos
vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater
da sociedade, a demasiada preocupação com o “eu” feliz a qualquer custo, buscando a tal
“felicidade” em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo. Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas
ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a
tantos “floreios” para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de
sempre “contestar”, voltar atrás e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu
cansaço.
Não tenho para onde ir, pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha
Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de
nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.
– Rui Barbosa – “ A Águia de Haia”