quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Investigação da Polícia Federal liga desvio de recursos do Pronaf para campanhas do PT gaúcho

Polícia Federal quebrou sigilo de 107 contas bancárias e concluiu que houve desvio de 104 milhões de reais entre 2006 e 2012

Deputado Bohn Gass PT/RS
Deputado Bohn Gass PT/RS (Leonardo Prado/Agência Câmara/VEJA)
A Polícia Federal investiga esquema de fraude envolvendo desvio de dinheiro do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que teria alimentado campanhas eleitorais do PT no Rio Grande do Sul, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira. A Operação Colono produziu um inquérito enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento de um deputado federal com foro privilegiado, Elvino Bohn Gass (PT), reeleito neste ano. Quando o caso foi enviado ao STF, a juíza Karine da Silva Cordeiro disse que o envolvimento de Bohn Gass estava evidente no relatório. Segundo o inquérito da Polícia Federal, recursos do Pronaf, liberados como empréstimos contraídos no Banco do Brasil em nome de agricultores, entrava em contas da associação Aspac, de Santa Cruz do Sul (RS). De lá, o dinheiro foi enviado a contas pessoais de dirigentes e ex-dirigentes ligados à associação. Durante a investigação, a Polícia Federal quebrou o sigilo de 107 contas bancárias e inferiu que 26.000 depósitos foram responsáveis pelo repasse de 104 milhões de reais no período de 2006 a 2012. Pelo menos 85 milhões de reais eram do Pronaf. Outro petista que recebeu o dinheiro oriundo da entidade, segundo a Polícia Federal, foi o vereador Wilson Rabuske, que recebeu 700.000 reais e sua mulher, 324.000 reais.

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