quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Ociosidade da indústria de veículos pode chegar a 50% na América do Sul, diz Ford

A indústria de veículos da América do Sul pode ver o nível de capacidade ociosa crescer para perto de 50% no próximo ano, diante da fraqueza no Brasil e na Argentina, dois principais mercados da região, afirmou a Ford nesta terça-feira. Segundo o vice-presidente de assuntos institucionais da Ford para a América do Sul, Rogelio Golfarb, a indústria automotiva da região está com cerca de 45% de sua capacidade desocupada este ano, afetada pela queda de vendas e exportações no Brasil e na Argentina. "Não se resolve problema de pessoal da noite para o dia", afirmou Golfarb durante o Salão do Automóvel de São Paulo. "A preocupação número um da indústria hoje é com o excesso de capacidade", acrescentou, sem poder estimar o volume de produção ociosa. A companhia completa este ano processo de renovação de sua linha de veículos para modelos globais, e avalia que o mercado de carros do País terá venda de 3,4 milhões de unidades em 2014, um recuo de 10% sobre o ano anterior. Para 2015, a expectativa é de mercado estável, projeção que considera aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Sobre uma eventual manutenção do imposto nos patamares atuais, pedida mais cedo por rivais como GM, Golfarb afirmou que se trata de uma decisão necessária para permitir um planejamento adequado do setor no próximo ano.

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